terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Nº21: Fernando Mamede Mendes


  • Fernando Mamede Mendes.
  • Médio Centro.
  • Nasceu a 15 de Julho de 1937 em Seia.
  • Títulos no Sporting: 2 Campeonatos Nacionais (1957/58, 1961/62), 1 Taça de Portugal (1962/63) e 1 Taça das Taças (1963/64).
  • 21 Internacionalizações.


Fernando Mendes é um dos maiores nomes da história do Sporting Clube de Portugal. Um médio tecnicista, com grande disponibilidade física e uma capacidade de liderança fantástica que o levou a ser capitão de equipa. Foi nessa função que levantou a Taça das Taças em 1964. Ainda faz parte dos quadros do Sporting tendo treinado a equipa principal de futebol em algumas ocasiões, normalmente em momentos de transição. Como treinador principal foi campeão, fazendo parte do grupo restrito de pessoas que ganharam o Campeonato como jogador e treinador do Sporting. Como já aconteceu com Augusto Inácio, depois será criado um post sobre o Fernando Mendes como treinador. Uma carreira excelente que teve o seu fim num jogo da selecção em que contraiu uma lesão grave que fez com que nunca mais fosse o mesmo.

Nascido em Seia, o jovem Fernando Mendes ingressou no Sporting com 16 anos de idade. Começou por fazer parte do plantel sénior já na época de 1957/58, jogando apenas 5 jogos no Campeonato e 1 na Taça, mas deu nas vistas pela sua maturidade e capacidade de liderança no meio campo. O seu jogo de estreia foi no dia 26 de Janeiro de 1958, na 20ª jornada do Campeonato (naquela altura eram 26 jornadas), em Alvalade na vitória do Sporting por 6-1 frente ao Torreense. A equipa que alinhou nesse dia foi a seguinte: Octávio de Sá; Manuel Caldeira e Mário Gonçalves; Joaquim Pacheco, David Júlio e Fernando Mendes; Ivson Freitas, Manuel Vasques, Vadinho, Joaquim José Barreira e João Martins. Os golos do Sporting foram marcados por David Júlio aos 4m e 30m, por Joaquim José Barreira aos 10m, Ivson Freitas aos 45m e 57m e Manuel Vasques aos 84m. Esse ano acabou com a conquista do título nacional, sob o comando de Enrique Fernandez.


Na época seguinte, Fernando Mendes assumiu-se como patrão do meio campo, como homem que mexia os cordelinhos da equipa e fez 22 jogos no Campeonato, sempre a excelente nível. Realizou 5 jogos na Taça e 4 na Taça dos Clubes Campeões Europeus. Num desses jogos marcou o seu único golo na Europa. Foi na derrota caseira do Sporting com o Standard de Liège por 3-2, a contar para a 2ª Eliminatória. Fernando Mendes marcou aos 80m, sendo que o outro golo foi um auto-golo do defesa belga Bolzée aos 23m. Pelo Standard marcaram Paeschen aos 13m, Jadot aos 69m e Mallants aos 70m.
Na época de 1959/60, estreou-se pela selecção portuguesa, onde contabilizaria 21 jogos. Assumiu-se como capitão de equipa do Sporting e realizou 26 jogos no Campeonato, marcando o seu único golo naquela prova. Foi a 27 de Setembro de 1959, na vitória por 2-1 em Alvalade frente à Académica. O golo foi marcado aos 58m e Puglia iria fazer o segundo aos 67m. Na Taça de Portugal iria fazer 10 jogos.


Na época seguinte, o Sporting iria ficar em 2º lugar do Campeonato e Mendes realizaria um total de 30 jogos entre Campeonato e Taça. Na época de 1961/62, o Sporting seria campeão sob o comando do ex-jogador Juca, com Fernando Mendes a realizar um total de 29 jogos.
Em 1962/63, uma arreliadora lesão iria impedir o contributo do capitão do Sporting durante algum tempo, ficando com apenas 16 jogos no Campeonato. O Sporting ressentiu-se e acabou o Campeonato no 3º lugar a 10 pontos do Benfica. Contudo, ficaria para a história a vitória na Taça de Portugal, pois permitiu o acesso à Taça dos Vencedores das Taças.
Chegamos à época histórica de 1963/64, onde o Sporting venceu a Taça das Taças com o capitão Fernando Mendes em grande destaque. Se no plano interno as coisas não correram muito bem com o 3º lugar a 12 pontos do campeão Benfica, na Europa o Sporting alcançou grande sucesso. O comando técnico ficou a cargo de Gentil Cardoso, mas a meio da época este foi despedido para entrar o arquitecto Anselmo Fernández, com Francisco Reboredo a ficar com o cargo de treinador de campo. Nessa época, o Sporting alcançou a maior vitória de sempre de um clube nas competições europeias ao vencer os cipriotas do APOEL por 16-1, com 6 golos de Mascarenhas, 3 de Figueiredo, 2 de Ferreira Pinto e Augusto Martins e 1 de Mário Lino, Pérides e Louro. Jogo histórico ocorreu a 18 de Março de 1964. O Sporting tinha perdido por 4-1 em Manchester com o Manchester U. e na 2ª mão, numa noite de sonho, venceu os ingleses por 5-0. Fernando Mendes foi determinante ao saber incutir nos colegas de equipa confiança, coragem e força de vontade. Os golos do Sporting foram marcados por Osvaldo Silva aos 3m, 12m e 54, por Geo aos 47m e João Morais aos 52m e a equipa que alinhou foi a seguinte: Carvalho; Pedro Gomes e Hilário; Fernando Mendes, Alexandre Baptista e José Carlos; Figueiredo, Osvaldo Silva, Mascarenhas, Geo e João Morais.



Equipa do Sporting que venceu a Taça das Taças, com Fernando Mendes a segurar a bola.


A finalíssima da competição foi a 15 de Maio em Antuérpia, com o Sporting a vencer o MTK Budapeste por 1-0 fruto do golo de canto directo de João Morais, aos 20m. Nesse dia histórico para o Sporting e para o futebol português, a equipa que alinhou foi a seguinte: Carvalho; Pedro Gomes, Alexandre Baptista, Fernando Mendes e José Carlos; Pérides e Geo; Osvaldo Silva, Mascarenhas, Figueiredo e João Morais. Nessa época, Fernando Mendes jogaria um total de 38 jogos em todas as competições.
Na época seguinte, o Sporting ficaria num péssimo 5º lugar, com Fernando Mendes a disputar um total de 25 jogos. Essa temporada ficaria marcada pelo infeliz dia 25 de Abril de 1965. O jogo Checoslováquia – Portugal, em Bratislava marcou o princípio do fim da carreira de Fernando Mendes. Aos 3m de jogo, uma entrada assassina destruiu-lhe o joelho direito. Mendes iria recuperar depois de uma época sem jogar, na qual o Sporting se sagrou campeão, mas nunca mais seria o mesmo jogador, apesar da sua disponibilidade e sacrifício na recuperação. Esse título não é contabilizado no seu palmarés por não ter jogado. Regressou na época de 1966/67, jogando apenas 11 vezes e na época seguinte encerraria a carreira muito novo, ao disputar apenas 3 jogos. O último jogo com a camisola leonina foi na 23ª jornada do Campeonato, no dia 21 de Abril de 1968, na vitória do Sporting por 3-0, em Alvalade diante do Barreirense, com golos de Marinho aos 5m e Lourenço aos 79m e 86m. A equipa desse dia foi a seguinte: Carvalho; Pedro Gomes, Armando Manhiça, José Carlos e Hilário; Fernando Mendes e Fernando Peres; José Morais, Marinho, Lourenço e Figueiredo. No final da época, acabava o Fernando Mendes para a prática do futebol.
Assumiu por 3 vezes o comando do Sporting, chegando mesmo a ser campeão em 1979/80, mas isso será contado aquando do post sobre o Fernando Mendes treinador.


Carreira

1957/58: Sporting

1958/59: Sporting

1959/60: Sporting

1960/61: Sporting

1961/62: Sporting

1962/63: Sporting

1963/64: Sporting

1964/65: Sporting

1965/66: Sporting

1966/67: Sporting

1967/68: Sporting

Carreira no Sporting*

1957/58: 5 - / 1 - / - -

1958/59: 22 - / 5 - / 4 1

1959/60: 26 1 / 10 - / - -

1960/61: 23 - / 7 - / - -

1961/62: 20 - / 9 - / - -

1962/63: 16 - / - - / - -

1963/64: 22 - / 4 - / 12 -

1964/65: 19 - / 4 - / 2 -

1965/66: - - / - - / - -

1966/67: 9 - / - - / 2 -

1967/68: 3 - / - - / - -

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)

Avaliação: Craque

sábado, 20 de dezembro de 2008

Nº20: Miguel Alberto Fernandes Marques


  • Miguel Alberto Fernandes Marques.
  • Defesa Central.
  • Nasceu a 7 de Junho de 1963 em Guimarães.
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.
  • 5 Internacionalizações.

O Miguel foi um defesa central que passou pelo Sporting sem deslumbrar, apesar de não ser mau jogador. Contudo, como não atingiu a projecção esperada, embora os tempos fossem negros, terá que ser considerado um flop. Não um grande flop, mas no limiar entre as duas avaliações deste blog. Conhecido por ser um central com bom poder de elevação e com elevada entrega ao jogo e espírito de sacrifício acabou por regressar um pouco aos bons velhos tempos depois de sair do Sporting. Um dia, Miguel ou Miguel Marques como também era conhecido partiu os dentes na cabeça de Fernando Gomes.

Nascido em Guimarães, começou a sua carreira de profissional sénior no clube da cidade. Foi lançado na equipa sénior no final da época 1984/85 pelo treinador belga Raymond Goethels e, na época seguinte afirmou-se de imediato ao lado de Nené na defesa vimaranense. Nessa época, o Vitória conseguiu um excelente 4º lugar no Campeonato Nacional e Miguel Marques disputou 28 jogos marcando 1 golo. Na época seguinte, o Vitória Guimarães maravilhou tudo e todos com um excelente futebol e alcançou um brilhante 3º lugar no Campeonato sob o comando de Marinho Peres, com Miguel a ser figura preponderante no eixo da defesa disputando 28 jogos. Por essa altura estreou-se na selecção portuguesa num jogo frente à Suécia, sob o comando de Juca, realizando excelente exibição. Contabilizou mais 4 jogos pela selecção nacional e 8 pela selecção olímpica.
Em 1987/88, com António Oliveira ao leme, as coisas não correram muito bem, com o Vitória a acabar o Campeonato na 14ª posição. A nível individual, Miguel realizou 38 jogos, despertando a atenção do Sporting que avançou para a sua contratação.

Essa época foi marcada pela presidência de Jorge Gonçalves, o popular Bigodes, que fez uma revolução no plantel contratando um lote de jogadores de renome, sendo que Miguel estava incluído neste lote. Para a sua contratação, o Sporting além de ter dado um montante em dinheiro ainda dispensou a título definitivo para Guimarães os jogadores Germano, Silvinho e Vítor Santos. Deste modo, chegava a Alvalade o defesa Miguel para integrar o plantel treinado pelo treinador uruguaio Pedro Rocha. Começou por ser titular, ao lado de António Morato, o que não deixava de ser estranho dada a baixa estatura de ambos. Apesar de possuírem um excelente poder de elevação mediam 1,78m e 1,76m respectivamente. A estreia em jogos oficiais ocorreu na 1ª jornada do Campeonato Nacional, a 21 de Agosto de 1988, no Estádio do Mar em Matosinhos, na vitória do Sporting por 2-0 sobre o Leixões, com golos de Silas aos 20m e Carlos Xavier aos 90m. A equipa que alinhou foi a seguinte: Rodolfo Rodríguez; João Luís Barbosa, Miguel, Morato e Fernando Mendes; Silas, Oceano, Carlos Xavier e Carlos Manuel; José Lima (Mário Jorge, 58m) e Paulinho Cascavel. No total, Miguel efectuou 20 jogos entre Campeonato e Taça, marcando 1 golo. Foi a 8 de Março de 1989, em jogo a contar para os quartos de final da Taça, com o Sporting a vencer o Vizela por 4-1, já com Manuel José a treinador. A equipa que jogou nesse dia foi a seguinte: Rodolfo Rodríguez; Ferrinho, Miguel e Morato; Forbs, Oceano, Silas (Marinho 85m), Carlos Manuel e Mário Jorge (Rui Maside, 75m); Eskilsson e Jorge Plácido. Os golos foram marcados por Mário Jorge aos 40m, Silas aos 54m, Miguel aos 69m e Jorge Plácido aos 82m.

Equipa do Sporting em 1989/90.
Em cima, da esquerda para a direita: Pedro Venâncio, João Luís Barbosa, Valtinho, Miguel, Douglas e Ivkovic.
Em baixo, pela mesma ordem: Marlon Brandão, Fernando Gomes, Paulinho Cascavel, Carlos Xavier e Carlos Manuel.


Na época seguinte, Manuel José continuou a treinador. Miguel começou novamente a titular, mas perdeu a titularidade no decorrer da época. Logo no primeiro jogo da época, o Sporting recebeu e venceu o Vitória de Guimarães por 3-2. A equipa foi a seguinte: Ivkovic; João Luís Barbosa, Miguel, Pedro Venâncio e Valtinho; Marlon Brandão, Carlos Xavier, Carlos Manuel (José Lima, 78m) e Douglas; Paulinho Cascavel e Fernando Gomes (Ali Hassan, 89m). Os golos do Sporting foram marcados por Paulinho Cascavel aos 43m, Valtinho aos 68m e Douglas aos 88m. No total, Miguel disputou um total de 10 jogos.
A época de 1990/91, foi um pouco melhor em termos de jogos disputados, mas a frequência de utilização foi mais irregular. De facto, Miguel, apesar de reencontrar Marinho Peres como treinador só se estreou a titular na 14ª jornada do Campeonato na derrota por 2-0 no Estádio das Antas. A equipa que jogou nesse jogo foi a seguinte: Ivkovic; Carlos Xavier, Miguel, Pedro Venâncio e Leal; Careca (João Luís Esteves, 80m), Oceano, Filipe e Douglas; Fernando Gomes e Jorge Cadete. No total, Miguel disputou 20 jogos entre Campeonato, Taça de Portugal e Taça UEFA.
Na época seguinte, foi dispensado por Marinho Peres rumo ao Gil Vicente para se tornar num homem da casa. Ficou 6 épocas em Barcelos sempre a bom nível. Em 1991/92, disputou 32 jogos no Campeonato e ajudou a equipa gilista a ficar no 13º lugar da classificação. Na época seguinte, com Vítor Oliveira a treinador jogou em 32 jogos, marcando 2 golos, sendo determinante para o 9º lugar final da sua equipa.
Em 1993/94, a equipa ficou em 10º com Miguel a jogar em 24 jogos marcando 2 golos. A época de 1994/95 foi mais complicada para os comandados de Vítor Oliveira, que mesmo assim ficaram em 13º lugar da classificação evitando a despromoção, com Miguel a ser pedra basilar da equipa com 3 golos marcados em 21 jogos disputados. Na época seguinte iria jogar em 26 jogos, no 11º lugar da equipa. A sua última época em Barcelos foi a de 1996/97, na qual disputou 28 jogos marcando 2 golos. A nível colectivo a época foi terrível com a descida à 2ª Divisão de Honra, já que o Gil ficou no 18º e último lugar da classificação. Miguel desceu mais do que a equipa, pois foi jogar no Trofense que se encontrava na 2ª Divisão B.


Ficou no Trofense durante 8 anos, com destaque para as suas duas últimas épocas, nas quais começou a tomar forma o projecto que levaria a equipa da Trofa da 2ª B à 1ª Divisão em poucos anos. Nessas duas épocas, Miguel disputou 36 jogos apesar dos seus 40 anos, marcando 1 golo em 2003/04 e 4 golos em 2004/05. Com 43 anos retirou-se do futebol, após uma derradeira época no Torcatense, na Série A da 2ª Divisão B, fazendo 18 jogos, não conseguindo evitar o último lugar da classificação para a sua equipa.

Carreira

1984/85: V. Guimarães

1985/86: V. Guimarães

1986/87: V. Guimarães

1987/88: V. Guimarães

1988/89: Sporting

1989/90: Sporting

1990/91: Sporting

1991/92: Gil Vicente

1992/93: Gil Vicente

1993/94: Gil Vicente

1994/95: Gil Vicente

1995/96: Gil Vicente

1996/97: Gil Vicente

1997/98: Trofense

1998/99: Trofense

1999/00: Trofense

2000/01: Trofense

2001/02: Trofense

2002/03: Trofense

2003/04: Trofense

2004/05: Trofense

2005/06: Torcatense

Carreira no Sporting*

1988/89: 16 - / 4 1 / - -

1989/90: 10 - / - - / - -

1990/91: 16 - / 2 - / 2 -

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)

(Agradecimento a Alberto de Castro Abreu pelas fotos e dados)

Avaliação: Flop

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Informação

Informo que por motivos profissionais (falta de tempo), os jogadores serão apresentados de 10 em 10 dias (dia 10, 20 e 30 de cada mês) e não todas as 4ªs. Espero que continuem a visitar, saudações desportivas!

Nº19: Rodrigo Fabri


  • Rodrigo Fabri.
  • Extremo / Nº10.
  • Nasceu a 15 de Janeiro de 1976 em Santo André (Brasil).
  • Títulos no Sporting: 1 Supertaça de Portugal (2000/01).
  • 3 Internacionalizações pelo Brasil com 1 golo marcado.


Rodrigo Fabri é um médio atacante brasileiro, famoso no seu país, mas que passou sem grande sucesso pela Europa, excepção feita ao período passado no Sporting e no Valladolid. De facto, por cá revelou-se um jogador muito bom, rápido, de bom toque de bola e com grande capacidade de passe. Infelizmente, o Sporting não o conseguiu segurar, mas ficou na retina pelas suas boas exibições produzidas com o manto verde e branco. De momento ainda joga no Brasil, mas já perdeu algum do seu fulgor, fruto dos seus quase 33 anos.

Nascido em Santo André, começou a jogar futebol na Portuguesa onde fez a sua formação e chegou a profissional sénior em 1995 com apenas 19 anos. Em 3 épocas ao serviço da Portuguesa marcou 26 golos em 58 jogos disputados o que lhe valeu a estreia, ainda em 1996, pela selecção brasileira sob o comando de Mário Zagallo. A estreia pela Canarinha ocorreu a 18 de Dezembro de 1996, no amigável em que o Brasil venceu por 1-0, com golo de Ronaldo aos 66m, a Bósnia. A equipa que jogou foi a seguinte: Zetti; Cafú, Gonçalves, André Cruz e Zé Roberto (Júnior, 72m); Djalminha (Rodrigo Fabri, 72m), Leandro Ávila, Flávio Conceição (Ricardinho, 46m) e Denilson; Giovanni (Oséas, 76m) e Ronaldo. A 11 de Novembro de 1997, marcou o seu primeiro e único golo pela selecção no amigável frente ao País de Gales, que o Brasil venceu por 3-0. Fabri marcou aos 51m, depois de Zinho aos 32m e Rivaldo aos 37m terem dado vantagem. Um mês depois fez o seu último jogo pela selecção frente à África do Sul (3-1). Esteve ainda presente na convocatória para a Taça das Confederações que o Brasil venceu em 1997, mas não chegou a jogar.
No ano de 1998, transferiu-se para o Flamengo, ficando apenas uns meses no clube, marcando 2 golos em 16 jogos, antes de se transferir para o Real Madrid, onde não chegou a jogar. Na época seguinte, rumou ao Valladolid por empréstimo e aí já começou a dar nas vistas ao marcar 8 golos em 29 jogos e ajudar de forma preponderante o clube a alcançar o 8º lugar na 1ª Liga Espanhola. Regressou ao Real Madrid, mas depois da pré-época feita no clube merengue foi emprestado ao Sporting que precisava de um extremo para o lugar deixado vago por De Franceschi.

Estreou-se apenas à 3ª jornada, sob o comando de Augusto Inácio, na derrota do Sporting por 3-2 em Braga, entrando aos 67m para o lugar de Horváth. Na jornada seguinte estreou-se a titular na recepção ao Alverca que acabou com um empate a 1 golo, com o do Sporting a ser marcado por Horváth aos 28, um grande golo diga-se de passagem. Nesse dia 16 de Setembro de 2000, o Sporting campeão em título apresentou a seguinte equipa: Schmeichel; César Prates, Hugo, André Cruz e Rui Jorge; Edmilson (Mbo Mpenza, 67m), Paulo Bento, Horváth (João Pinto, 78m), Toñito e Rodrigo Fabri (Carlos Martins, 58m); Acosta.
Marcou um total de 5 golos pelo Sporting em todas as competições num total de 29 jogos realizados, vencendo a Supertaça de Portugal frente ao FC Porto. Curiosamente, os seus 4 golos no Campeonato foram todos marcados em jornadas seguidas e com Fernando Mendes ao leme de equipa. A 6 de Janeiro de 2001, na 16ª jornada, o Sporting recebeu e venceu o Campomaiorense por 2-1, com Fabri a marcar aos 38m depois de André Cruz ter inaugurado o marcador aos 16m. Miguel Vaz reduziu aos 89m; na jornada seguinte, o Sporting deslocou-se ao Funchal para vencer o Marítimo por 2-0, com Fabri a bisar aos 61m e 64m; finalmente, na 18ª jornada, o Sporting deslocou-se ao sempre difícil Estádio de S. Luís para ser derrotado por 2-1 pelo Farense, com o golo a ser apontado por Fabri aos 89m. Os golos do Farense foram apontados por Rui Jorge na própria baliza aos 42m e por Marco Nuno aos 54m.
Na Taça, marcou um golo no dia 7 de Fevereiro já com Manuel Fernandes ao comando do Sporting. Foi no desempate dos oitavos de final em que o Sporting depois de ter empatado com o Nacional de José Peseiro em Alvalade (3-3) foi vencer à Madeira por 2-0. Fabri marcou aos 79m o golo da tranquilidade depois de Pedro Barbosa ter inaugurado o marcador aos 35m. No final da época, o Sporting ficou em 3º lugar no Campeonato e ficou-se pelas meias-finais da Taça de Portugal.

Regressou ao Real Madrid para ser emprestado de novo, desta vez ao Grémio onde ficou durante 2 anos. No que restou de 2001, ajudou o Grémio a ficar no 5º lugar da fase regular do Brasileirão. Em 2002, teve um ano de sonho ao tornar-se o melhor marcador do Brasileirão com 22 golos, os mesmos de Luís Fabiano e ao chegar às meias-finais do Brasileirão depois do Grémio ter ficado em 4º na fase regular. Em 2003, saiu a meio da época para o Atlético Madrid, deixando um total de 39 golos marcados em 66 jogos pelo Grémio. No Atlético Madrid, venceu o Troféu de Madrid e o Ramón Carranza, troféus de pré-época. Na época, propriamente dita, o Atlético ficou em 7º lugar na Liga e Fabri jogou 15 jogos. No final de 2004, regressou ao Brasil por empréstimo para o Atlético Mineiro onde jogou 45 jogos marcando 7 golos, no final dessa época em que a equipa ficou em 19º lugar e na época seguinte em que a equipa se quedou pelo 20º lugar.


Na época de 2006 foi apresentado pelo S. Paulo, mas apenas jogou por 4 vezes na época em que a equipa paulista foi campeã brasileira. Na época seguinte rumou ao Paulista e agora é jogador do Figueirense onde já venceu um Estadual de S. Catarina. Acrescentar que em 1996 e em 1997 venceu a bola de prata atribuída pelo jornal “Placar”.

Carreira

1995: Portuguesa

1996: Portuguesa

1997: Portuguesa

1998/99: Flamengo
Real Madrid

1999/00: Valladolid

2000/01: Sporting

2002: Grémio

2003/04: Atlético Madrid

2005: Atlético Mineiro

2006: S. Paulo

2007: Paulista

2008: Figueirense

Carreira no Sporting*

2000/01: 22 4 / 4 1 / 3 -

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)


Avaliação: Craque


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Nº18: Rodolfo Sérgio Rodríguez y Rodríguez



  • Rodolfo Sérgio Rodríguez y Rodríguez.
  • Guarda-redes.
  • Nasceu a 20 de Janeiro de 1956 em Montevideu (Uruguai).
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.
  • 79 Internacionalizações pelo Uruguai.


Rodolfo Rodríguez foi um guarda-redes uruguaio, que vestiu a camisola do Sporting sem sucesso, no final da década de 80. Fazia parte das famosas “unhas” de Jorge Gonçalves para a equipa leonina. Muito famoso no Brasil, onde alcançou grande sucesso, e no seu país natal onde é dos mais internacionais de sempre, foi com grande surpresa que acabou por ser um fiasco em Alvalade, entrando pela porta grande, mas saindo pela porta pequena, sendo mais um rotundo flop que passou pelas nossas balizas.


Começou a jogar futebol num clube da sua cidade natal: o Cerro, em 1971. Aí fez a sua formação até chegar à formação principal em 1976. Ficou apenas uns meses, pois deu nas vistas e foi de imediato contratado pelo Nacional, maior clube do Uruguai a par do Peñarol. Logo depois de chegar, conseguiu a primeira internacionalização pela selecção nacional uruguaia. Foi a 6 de Outubro de 1976, no empate (0-0) em Santiago do Chile, com a selecção local. Logo no ano seguinte consegue o primeiro título com o Nacional ao vencer o Campeonato Uruguaio. Agarra a titularidade do clube e da selecção e torna-se um ídolo no Uruguai, sendo mesmo chamado de “Pantera” ao acumular grandes exibições com ambas as camisolas. Chegamos a 1980, o melhor ano de Rodolfo. É nesse ano que vence, pelo Nacional, o Campeonato, a Libertadores e a Intercontinental e, pelo Uruguai, a Gold Cup, vencendo na final o Brasil. De acrescentar que nessa competição, Rodríguez foi o capitão de equipa.

Equipa do Santos


Já em 1979, tinha sido convocado para a Copa América e, em 1983, iria ter novo ano de ouro ao vencer mais um Campeonato Uruguaio e a Copa América desse ano. No final de 1984, decide dar um novo rumo à sua carreira ao transferir-se para o Santos, clube no qual ficou durante 4 anos. Logo no seu ano de estreia, o Santos venceria o Campeonato Paulista. Foi o seu único título pelo clube, o que não o impediu de se tornar um ídolo da torcida santista, por causa das suas excelentes exibições. No dia 21 de Abril de 1986, Rodríguez fez história ao tornar-se o uruguaio mais internacional de sempre, no jogo contra o País de Gales que ficou 0-0, com 79 internacionalizações. Foi o seu último jogo, pois, apesar de ter sido convocado para o Mundial de 1986, não jogou perdendo a titularidade para Alvez.



No ano de 1988, Jorge Gonçalves chegava à presidência do Sporting e contratava uma mão cheia de reforços sonantes. Ao treinador Pedro Rocha, juntaram-se Rodolfo Rodríguez para ajudar à retirada de Damas, Miguel Marques, Carlos Manuel, Douglas, Silas, Eskilsson e Rui Maside. Frank Rijkaard chegou a ser apresentado mas nunca jogou. Rodolfo estreou-se pelo Sporting na 1ª jornada do Campeonato, no dia 21 de Agosto de 1988, no jogo em que o Sporting venceu por 2-0 o Leixões, em Matosinhos, com golos de Silas aos 20m e de Carlos Xavier aos 90m. Nesse dia, o treinador uruguaio Pedro Rocha apresentou a seguinte equipa: Rodolfo Rodríguez; João Luís Barbosa, Miguel Marques, Morato e Fernando Mendes; Silas, Carlos Xavier, Oceano e Carlos Manuel; José Lima (Mário Jorge, 58m) e Paulinho Cascavel. Apesar de inúmeras falhas, conseguiu chegar à 5ª jornada sem sofrer golos, mas perdeu a titularidade para Vítor Damas, após sofrer 2 golos do Ajax no único jogo europeu que fez. Depois de Damas se retirar, voltou à titularidade, mas perdeu-a para Vital para ganhá-la de novo no dia 26 de Fevereiro de 1989 já com Manuel José ao leme da equipa, no jogo em casa do Fafe que acabou com a vitória leonina por 1-0, fruto do golo de Fernando Mendes aos 48m. Manteve a titularidade até ao negro dia 12 de Abril de 1989, nas meias-finais da Taça. Antes disso, dizer que fez a sua melhor exibição de leão ao peito no dia 25 de Março frente ao V. Guimarães (1-0, em Alvalade, com golo de Paulinho Cascavel aos 86m). Mas, nessas meias-finais, o Sporting perdeu por 3-1 com o Belenenses e Rodolfo ofereceu 2 golos aos de Belém, mais concretamente ao avançado Mladenov. Nesse dia, Manuel José fez alinhar a seguinte equipa: Rodolfo Rodríguez; Ricardo Rocha, Pedro Venâncio, Miguel Marques (Jorge Plácido, 79m) e Fernando Mendes; Douglas, Oceano, Carlos Xavier (Ali Hassan, 20m) e Silas; José Lima e Paulinho Cascavel. O golo do Sporting foi marcado por Douglas aos 42m. Depois desse dia, a titularidade foi para Vital até ao fim da época. Os números de Rodríguez, analisados a frio não são maus, com 16 jogos no Campeonato e 9 golos sofridos, 3 jogos na Taça e 4 golos sofridos e 2 golos num jogo europeu. O problema era o enorme número de falhas, principalmente nos cruzamentos, que fizeram com que Manuel José e Sousa Cintra o dispensassem em 1989.

Regressou ao Brasil para jogar na Portuguesa durante 2 anos. A propósito, há que dar nota de uma história curiosa com contornos de filme de gangsters. Sousa Cintra foi um dia ao Brasil para se reunir com o empresário Juan Figger e, reza a história, que Rodríguez encontrou Cintra e o ameaçou com uma arma, devido a dinheiro que lhe era devido pelo Sporting. Rodríguez negou tal facto dizendo que não tinha feito nada e que “se ele se assustou é porque sou feio e disso não tenho culpa”.
Em 1992, rumou ao Bahia e ganhou 2 Campeonatos Estaduais da Bahia em 1993 e 1994. Nesse ano retirou-se do futebol.

Carreira

1976/77: Cerro
Nacional M.

1977/78: Nacional M.

1978/79: Nacional M.

1979/80: Nacional M.

1980/81: Nacional M.

1981/82: Nacional M.

1982/83: Nacional M.

1983/84: Nacional M.

1985: Santos

1986: Santos

1987: Santos

1988/89: Sporting

1990: Portuguesa

1991: Portuguesa

1992: Bahia

1993: Bahia

1994: Bahia

Carreira no Sporting*

1988/89: 16 -9 / 3 -4 / 1 -2

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)


Avaliação: Flop

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Nº17: Leandro Machado Nascimento

  • Leandro Machado Nascimento.
  • Avançado.
  • Nasceu a 22 de Março de 1976 em Santo Amaro da Imperatriz (Brasil).
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.
  • 4 Internacionalizações pelo Brasil com 1 golo marcado.

Leandro Machado foi um ponta de lança que esteve no Sporting durante uma época e meia, marcando uma quantidade apreciável de golos, tendo em conta o rendimento ofensivo da altura em que vestiu o manto verde e branco. Alternava grandes golos (recordo-me de um pontapé de bicicleta espectacular, em Alvalade, salvo erro frente ao Estrela da Amadora) e exibições com saídas à noite e alguns processos derivados disso mesmo. Depois de ter sido emprestado a meio da época 1998/99, por divergências com a equipa técnica leonina, foi vendido no final da época. Ainda voltou a Portugal, sem sucesso e retirou-se há pouco tempo devido a uma epidemia de lesões de que foi vítima.

O jovem Leandro começou a sua carreira no Internacional, vencendo dois estaduais do Rio Grande do Sul e sendo convocado para a selecção brasileira que venceu o Torneio de Toulon em 1995. Em 1996, novo título: o torneio pré-olímpico, contudo não é convocado para a selecção olímpica brasileira que acabaria o torneio em 3º lugar depois de golear Portugal por 5-0 no jogo de 3º e 4º lugar.
Logo em 1996, e apenas com 20 anos, transfere-se para o Valência. Antes disso, garantiu 4 internacionalizações pelo Brasil, chegando a ser convocado para a Gold Cup, perdida na final para o México. A sua primeira internacionalização data de 12 de Janeiro de 1996, nessa competição, frente ao Canadá e foi coroada com um golo. A equipa que alinhou foi a seguinte: Dida; Zé Maria, Narciso, Carlinhos Paulista e André Luiz; Amaral, Flávio Conceição, Arílson e Jamelli; Caio e Sávio (Leandro Machado, 75m). O Brasil venceu por 4-1, com golos marcados por André Luiz aos 3m, Caio aos 7m, Sávio aos 14m e Leandro Machado aos 86m. Para o Canadá marcou Radzinski aos 66m.
Prosseguindo, foi para o Valência jogar ao lado de Romário, na equipa que ficou pelo 10º lugar na Liga Espanhola, jogando 16 jogos e marcando 7 golos. Já nessa altura começou a ficar patente o seu gosto pela noite e pelas aventuras antes de treinos e jogos, o que travou alguma progressão.

No Verão de 1997, o Sporting de José Roquette e Norton de Matos preparava com afinco a participação na Liga dos Campeões, uma época que acabou por ser completamente desastrosa. Leandro foi o eleito para fazer companhia a Paulo Alves e Iordanov no ataque leonino e a sua contratação ficou fechada a troco de 1 milhão de contos. A sua estreia em jogos oficiais pelo Sporting ocorreu a 13 de Agosto de 1997, na 1ª Mão da 2ª Pré-Eliminatória da Liga dos Campeões. O Sporting empatou a 0 com o Beitar de Jerusalém, em Israel e a equipa foi a seguinte: De Wilde; Saber, Beto, Marco Aurélio e Pedrosa; Hadji, Lang, Carlos Miguel (Vidigal, 62m), Oceano e Pedro Barbosa (Ramírez, 74m); Leandro Machado (Iordanov, 62m). Em jogos do Campeonato estreou-se, na 1ª jornada, no sempre difícil Estádio de S. Luís em Faro, no empate a 0 com o Farense, no dia 23 de Agosto de 1997. Nesse dia, o Sporting alinhou com: De Wilde; Saber (Quim Berto, 78m), Beto, Marco Aurélio e Pedrosa (Paulo Alves, 72m); Hadji, Lang, Oceano e Pedro Barbosa (Bruno Giménez, 56m); Leandro Machado e Iordanov.
O seu primeiro golo com a camisola leonina foi a 27 de Agosto na recepção e vitória por 3-0 contra o Beitar, aos 55m. Bisou aos 69m depois de Iordanov ter aberto o marcador. No Campeonato estreou-se a marcar 4 dias depois na vitória por 2-0 frente ao Desportivo de Chaves. Abriu o marcador aos 6m e Iordanov fechou a contagem aos 9m. Ao todo jogou 38 jogos nessa época (27 no Campeonato, 8 na Champions e 3 na Taça) e marcou 16 golos (10 no Campeonato, 2 na Taça e 4 na Champions), sendo opção indiscutível dos 4 técnicos do Sporting nessa época: Octávio Machado, Francisco Vital, Vicente Cantatore e Carlos Manuel.

Equipa do Sporting em 1998/99.
Em cima, da esquerda para a direita: Marco Aurélio, Tiago, Beto, Saber, Duscher e Pedro Barbosa.
Em baixo, pela mesma ordem: Edmilson, Rui Jorge, Bino, Leandro Machado e Delfim.


A época de 1998/99 vinha com um novo técnico, Mirko Jozic, e um novo projecto de aposta nos jovens, no qual Leandro se incluía devido aos seus 22 anos. Estreou-se no Campeonato desse ano, com um golo, no dia 28 de Agosto de 1998, na vitória caseira por 2-1 frente ao Desportivo de Chaves. A equipa dessa noite foi a seguinte: Tiago; Beto, Quiroga, Marco Aurélio e Saber; Simão (Iordanov, 58m), Bino, Delfim e Rui Jorge (Vinicius, 72m); Edmilson e Leandro Machado (Bruno Giménez, 81m). Os golos foram marcados por Leandro aos 23m e por Iordanov aos 60m. Eram bons tempos e foi 3 jornadas depois que, salvo erro, vi Leandro a apontar um dos melhores golos que já vi. Na vitória por 3-0 frente ao Estrela da Amadora em Alvalade, aos 83m Leandro arranca um espectacular pontapé de bicicleta para fazer o ultimo golo da noite, levando um amarelo por causa dos festejos. Um mês depois faz o seu último jogo pelo Sporting antes das divergências com a equipa técnica que motivaram a sua saída por empréstimo para o Tenerife. Em Janeiro, novo empréstimo para o Flamengo (que viria a comprar o seu passe) onde ficou 2 épocas jogando em 58 jogos com um total de 22 golos marcados e alguns títulos: Taça Guanabara, Taça do Rio, Copa Mercosur e 2 Campeonatos Cariocas. Em 2001, passagem relâmpago pelo Grémio para regressar ao Flamengo e em época e meia marcar 17 golos em 50 jogos, conquistando mais um Carioca.

Em 2002, vai para o Dínamo Kiev onde permanece meia época, disputando 5 jogos e marcando 2 golos, conquistando o Campeonato. No mercado de Inverno de 2002/03, vem para o Santa Clara, jogando muito pouco (esteve sempre lesionado, jogou um jogo, marcou um golo e foi expulso), não evitando a descida da equipa açoriana à Liga de Honra. Em 2004, conhece 2 clubes: o Querétaro do México, onde marca 1 golo em 13 jogos e o Santos com o qual conquista o Brasileirão de 2004. No ano seguinte ruma ao Olímpia do Paraguai para voltar a fazer malas rumo à Coreia do Sul, para jogar no Ulsan Hyundai. Jogou 40 jogos e marcou 11 golos nos 2 anos em que lá esteve, sempre acompanhado pelas lesões e pelas saídas nocturnas e conquistou o Campeonato em 2005.
Na época de 2008 regressa ao Brasil para jogar no Sport Recife, onde conquista o Campeonato Pernambucano e a Taça do Brasil. Contudo, jogou pouco devido a uma epidemia de lesões pelo que se retirou a meio deste ano.

Carreira

1994/95: Internacional

1995/96: Internacional

1996/97: Valencia

1997/98: Sporting

1998/99: Sporting
Tenerife
Flamengo

2000: Flamengo

2001: Grémio
Flamengo

2002/03: Dinamo Kiev
Santa Clara

2004: Querétaro
Santos

2005/06: Olimpia
Ulsan Hyundai

2006/07: Ulsan Hyundai

2008: Sport Recife

Carreira no Sporting*

1997/98: 27 10 / 3 2 / 8 4

1998/99: 8 2 / - - / 2 1
(até Novembro)

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)


Avaliação: Craque

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Nº16: Marcos Joaquim dos Santos


  • Marcos Joaquim dos Santos.
  • Defesa Central.
  • Nasceu a 14 de Setembro de 1975 em Caruaru (Brasil).
  • Títulos no Sporting: 1 Campeonato Nacional (1999/00).

Marcos é um defesa central brasileiro que passou pelo Sporting no final dos anos 90, chegando a vencer o título de 1999/00. Apesar de ter sido utilizado com alguma regularidade enquanto permaneceu no clube nunca demonstrou um rendimento aceitável o que o levou a ser dispensado rumo ao Brasil no final de uma época de sucesso para o clube. É por isso mais um flop que passou pelo centro da defesa do Sporting, sem conseguir fazer esquecer Marco Aurélio.

O defesa brasileiro, ainda no activo, fez a sua formação no Clube Atlético do Porto, do Brasil, de onde saiu com apenas 19 anos para Portugal. O seu destino foi o Rio Ave, sendo apontado como uma promessa brasileira. O Rio Ave militava na 2ª Divisão de Honra, subindo no final da época e vencendo a competição, com Marcos a ser pouco utilizado. Na época seguinte, mais do mesmo, no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, com o Rio Ave a escapar da despromoção na última jornada. A época de 1997/98 foi a da confirmação para Marcos que jogou 30 jogos e marcou 6 golos, no 9º lugar do Rio Ave no principal Campeonato de futebol português.
No final dessa época transferiu-se para o PSV onde não disputou qualquer jogo, ficando no seu palmarés a Supertaça Holandesa. No mercado de Inverno da época de 1998/99, saiu do Sporting o defesa brasileiro Marco Aurélio que tinha chegado até capitão de equipa. Para o seu lugar, o Sporting foi buscar Marcos ao PSV.
A sua estreia ocorreu pela mão de Mirko Jozic, no dia 23 de Janeiro de 1999, no Municipal de Chaves, no empate com o Desportivo local a 2 golos. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Tiago; Patacas (Santamaría, 68m), Beto, Marcos e Heinze; Pedro Barbosa, Vidigal e Vinicius (Acosta, 72m); Simão, Krpan e Edmilson. Os golos foram marcados por Simão aos 20m e por Beto aos 44m. Nessa época, que ficaria marcada pelo 4º lugar do Sporting no Campeonato, pese embora o excelente futebol praticado, Marcos realizaria 16 jogos marcando 1 golo. Esse golo ocorreu a 27 de Fevereiro, na deslocação ao Estádio Mário Duarte, em Aveiro, no jogo em que o Sporting empatou (2-2) com o Beira-Mar. Marcos marcou aos 8m, sendo que o outro golo foi apontado por Edmilson aos 30m. Como curiosidade, dizer que nesse dia o Sporting alinhou com: Tiago; Quim Berto, Beto, Marcos e Vinicius; Pedro Barbosa (Rui Jorge, 80m), Edmilson, Duscher (Krpan, 75m), Delfim e Simão; Iordanov. Nos jogos, até ao fim do Campeonato, a dupla Beto/Marcos concedeu 16 golos.
Na época seguinte, Marcos começou por se afirmar como titular com Giuseppe Materazzi, mas perdeu a titularidade após 2 episódios infelizes. Primeiro, na derrocada do Sporting na Noruega ao perder por 3-0 frente ao Viking, em que cometeu um penalty desnecessário, ao praticamente agarrar a bola com as duas mãos dentro da área. Depois, já a 25 de Setembro em que fez uma fraca exibição e foi expulso no jogo frente ao Gil Vicente (1-1). No final desse jogo, Materazzi foi despedido e Marcos só jogou mais 3 vezes, com Augusto Inácio. Num desses jogos Marcos marcou o seu único golo da época, na Taça de Portugal, no dia 9 de Fevereiro de 2000, na vitória do Sporting por 3-0 frente aos Dragões Sandinenses nos quartos de final da prova. O golo foi marcado aos 83m e os outros 2 golos foram apontados por Toñito aos 77m e por Afonso Martins aos 89m. A equipa que jogou nesse dia foi a seguinte: Nelson; César Prates, Marcos, Quiroga e Vinicius (Afonso Martins, 2m); Pedro Barbosa, Bino, Toñito, Edmilson (Mbo Mpenza, 70m) e De Franceschi (Spehar, 65m); Iordanov. O último jogo de Marcos com a camisola do Sporting, para o Campeonato, foi a 22 de Janeiro na vitória por 4-1 frente ao Santa Clara, em Alvalade. A época culminaria com a conquista do título nacional.

Equipa do Sporting que a 30 de Agosto de 1999 recebeu e venceu o V. Setúbal por 2-1, em Alvalade.
Em cima, da esquerda para a direita: Schmeichel, Pedro Barbosa, Marcos, Beto, Duscher e Saber.
Em baixo, pela mesma ordem: Vinicius, Toñito, Edmilson, Ayew e Delfim.


No final da época, Marcos foi dispensado rumo ao Brasil para jogar no Vitória. Em 2000, ainda foi a tempo de jogar 12 jogos e marcar 3 golos, ajudando a equipa a permanecer na principal divisão brasileira, ao ficar no 18º lugar em 25 equipas. Na época seguinte, num Campeonato de 28 equipas, o Vitória ficou em 16º e Marcos realizou 15 jogos marcando 1 golo. Em 2002, permaneceu no Vitória para ficar no 10º lugar, fazendo 19 jogos e marcando 1 golo.
Na época seguinte, levava já 23 jogos no Campeonato Brasileiro pelo Vitória quando foi contratado pelo Estrela da Amadora para a época 2003/04 em que este clube regressava ao principal escalão do futebol português. Diga-se que Marcos venceu nesses últimos 2 anos no Vitória dois Estaduais da Bahia e uma Taça do Nordeste. No Estrela, a época foi um desastre, com um camião de jogadores a dar entrada na Reboleira e o clube a afundar-se no último lugar da Classificação descendo de divisão. Marcos realizou 13 jogos sob o comando de João Alves e Miguel Quaresma. Regressou em 2005 ao Brasil para o Vasco da Gama, mas passou logo de seguida para o Paraná, onde disputou 26 jogos, ajudando a equipa a ficar no 7º lugar da geral, entre 22 equipas. Na época seguinte, foi para o seu clube actual: o Atlético Mineiro. Disputou a Série B brasileira, vencendo essa mesma competição. Em 2007, venceu o Estadual de Minas Gerais e com 33 jogos disputados e 5 golos marcados, ajudou a equipa a classificar-se no 8º lugar do Brasileirão.
Na actual época, Marcos já leva 1 golo marcado em 20 jogos realizados com a camisola do Atlético Mineiro, que a 3 jornadas do final da prova segue no 10º lugar da classificação.


Carreira

1995/96: Rio Ave

1996/97: Rio Ave

1997/98: Rio Ave

1998/99: PSV
Sporting

1999/00: Sporting

2001: Vitória

2002: Vitória

2003/04: Estrela Amadora

2005: Paraná

2006: Atlético Mineiro

2007: Atlético Mineiro

2008: Atlético Mineiro

Carreira no Sporting

1998/99: 16 1 / - - / - -
(desde Janeiro)

1999/00: 5 - / 1 1 / 2 -

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)

Avaliação: Flop

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Nº15: Paulo Silas do Prado Pereira


  • Paulo Silas do Prado Pereira.
  • Médio Centro/ Nº10.
  • Nasceu a 27 de Agosto de 1965 em Campinas (Brasil).
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.
  • 38 Internacionalizações pelo Brasil com 1 golo marcado.


Paulo Silas, foi um internacional brasileiro que passou pelo Sporting e por cá ficou durante 2 épocas cotando-se como um dos melhores jogadores dessa altura. Era considerado uma das maiores promessas do futebol brasileiro, estando presente em 2 Mundiais e sendo inclusive o melhor jogador do Mundial sub-20 de 1985. Chegou ao Sporting como uma das “unhas” de Jorge Gonçalves e pode-se dizer que valeu bem a pena o investimento.


Nasceu em Campinas e começou a sua carreira como profissional no São Paulo em 1985. Antes disso, fez parte da selecção de sub-20 que venceu o Mundial da categoria, na União Soviética, jogando em todos os jogos e vencendo o prémio de melhor jogador da competição. No São Paulo estreou-se na época seguinte, ficando por lá três épocas, nas quais disputou 98 jogos, marcando 20 golos e vencendo dois estaduais e um Brasileirão. Era por esta altura a maior promessa brasileira estreando-se na selecção principal, pela mão de Telé Santana, com 20 anos, no dia 16 de Março de 1986, no amigável frente à Hungria (0-3). Nesse dia, o Brasil alinhou com: Emerson Leão; Edson, Óscar, Mozer e Dida; Elzo, Silas, Alemão e Renato Gaúcho; Casagrande e Sidney (Muller 65m).
Foi convocado para o Mundial de 86, no qual o Brasil chegou aos quartos de final, mas apenas foi suplente utilizado no jogo dos oitavos e no dos quartos. No ano seguinte foi convocado por Carlos Alberto Silva para integrar a selecção que jogou a Copa América, jogando apenas contra a Venezuela.
Em 1988, saia da presidência do Sporting Amado de Freitas para entrar o popular bigodes, Jorge Gonçalves que trouxe para o Sporting nomes sonantes: o guarda-redes Rodolfo Rodríguez, os jogadores de campo Miguel Marques, Carlos Manuel, Rui Maside, Forbs, Eskilsson, Douglas e Silas e o treinador uruguaio Pedro Rocha. A época foi muito atribulada do ponto de vista financeiro e administrativo e dos reforços apenas confirmaram as expectativas Carlos Manuel, Douglas e Silas, que foi o segundo melhor marcador da equipa atrás de Paulinho Cascavel.

Silas estreou-se com um golo, logo na primeira jornada do Campeonato Nacional, no dia 21 de Agosto de 1988, na vitória em Matosinhos sobre o Leixões por 2-0. Silas marcou aos 20m e Carlos Xavier fechou a contagem aos 90m. A equipa que alinhou foi a seguinte: Rodolfo Rodríguez; João Luís Barbosa, Miguel Marques, Morato e Fernando Mendes; Oceano, Silas, Carlos Manuel e Carlos Xavier; José Lima (Mário Jorge 58m) e Paulinho Cascavel. Ao longo da época, Paulo Silas foi confirmando o enorme jogador que era ao arrancar grandes exibições coroadas com golos. Nessa época foram 11 os golos apontados, sendo que 8 deles foram no Campeonato, 2 na Taça e 1 na Europa. Aliás, na Europa, Silas iria fazer enormes exibições na recepção ao Ajax (4-2), na visita ao mesmo Ajax (2-1, com golos de Silas e Rui Maside) e na recepção à Real Sociedad (1-2, com Silas a ser o melhor do Sporting). Em Fevereiro, troca de treinador, saiu Pedro Rocha para regressar Manuel José, ficando Vítor Damas a trabalhar interinamente com a equipa. No final da época, 4º lugar no Campeonato. Nesse ano de 1989 esteve presente na Copa América ganha pelo Brasil e alinhou em 4 jogos. No dia 20 de Agosto de 1989, num jogo frente à Venezuela a contar para o apuramento para o Mundial, Silas marcou o seu único golo pela selecção brasileira. O treinador Lazaroni fez alinhar a seguinte equipa: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Mauro Galvão e Ricardo Gomes; Branco, Dunga (Alemão 67m), Valdo (Titã 73m) e Silas; Bebeto e Careca. O Brasil venceu por 6-0 com um poker de Careca, 1 golo de Silas e 1 auto golo de Acosta. De referir que Ricardo Rocha ainda jogou pelo Sporting em 1988.



Na época seguinte, saiu Jorge Gonçalves para entrar um novo presidente: Sousa Cintra. Silas lesionou-se e só pôde dar o contributo à equipa a partir de Janeiro, já com o treinador Raul Águas. Ainda disputou 12 jogos no Campeonato, marcando 3 golos. A sua estreia na nova época ocorreu apenas a 30 de Dezembro de 1989, na vitória caseira frente ao União da Madeira (2-0). A equipa foi a seguinte: Ivkovic; João Luís Barbosa, Luisinho e Venâncio; Oceano, Carlos Manuel, Silas, Douglas e Marlon Brandão (Carlos Xavier 60m); Fernando Gomes e Jorge Cadete (Paulinho Cascavel 66m). Os golos foram marcados por Douglas aos 26m e 65m.Como já foi dito, marcou 3 golos ao longo da sua participação na prova. Foram eles: a 20 de Janeiro de 1990, na visita ao terreno do V. Setúbal (1-1), aos 44m; aos 79m, no dia 10 de Fevereiro, na recepção ao Beira-Mar (2-0), com o outro golo a ser apontado por Cadete aos 44m; a 25 de Março na derrota por 2-1 na Luz, aos 85m. No final da época, terceiro lugar da geral para o Sporting.
Nesse Verão, foi convocado por Sebastião Lazaroni para o Mundial de Itália, no qual o Brasil não passou dos oitavos de final. Silas foi suplente em todos os jogos e utilizado em 3 deles.
Em 1990, saiu do Sporting para o Central Español e marcou 3 golos em 2 jogos antes de voltar à Europa para jogar no Cesena, onde marcou 3 golos em 26 jogos não conseguindo evitar a despromoção da equipa. Na época seguinte rumou à Sampdoria para marcar 3 golos em 31 jogos e ajudar a equipa a ficar no 6º lugar da Liga Italiana. No final da época voltou ao Brasil para jogar pelo Internacional e ganhar o estadual de Rio Grande do Sul e a Taça Brasileira.
De seguida foi para o Vasco da Gama e ganhou o estadual do Rio de Janeiro, antes de ir jogar 1 mês no Japão no Kashiwa Reysol.



Em 1995, foi para a Argentina e tornou-se o ídolo dos adeptos do San Lorenzo, ganhando o Campeonato Argentino de 1995. É mesmo considerado o melhor número 10 que por lá passou, disputando 95 jogos com 24 golos marcados e deixando muitas saudades aos adeptos.
Em 1997, volta ao clube do coração, o São Paulo para jogar pouco, mas mesmo assim vencer o estadual de São Paulo. Ruma novamente ao Japão para jogar no Kyoto Sanga durante 2 épocas e marcar 11 golos em 56 jogos. Em 2000 regressa ao Brasil para jogar no Atlético Paranaense e com 20 jogos disputados sagra-se campeão do Estado do Paraná. Foi o seu último título. A partir daqui passou sem sucesso por Rio Branco, Ituano, América Mineiro, Portuguesa e Inter Limeira até se retirar em 2004. Enveredou pela carreira de treinador e treinou em primeiro lugar o Fortaleza, para actualmente treinar o Avaí, com o qual já leva 40 jogos, com 22 vitórias, 13 empates, 5 derrotas, 83 golos marcados e 32 sofridos.


Carreira

1985/86: São Paulo

1986/87: São Paulo

1987/88: São Paulo

1988/89: Sporting

1989/90: Sporting

1990/91: Central Español
Cesena

1991/92: Sampdoria

1992/93: Internacional

1993/94: Vasco da Gama

1995/96: Kashiwa Reysol
San Lorenzo

1996/97: San Lorenzo

1997/98: São Paulo

1998/99: Kyoto Sanga

1999/00: Kyoto Sanga
Atlético Paranaense

2001: Rio Branco
Ituano

2002: América
Portuguesa

2003: Inter Limeira

2004: Inter Limeira

Carreira no Sporting*

1988/89: 33 8 / 3 2 / 4 1

1989/90: 12 3 / - - / - -

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)


Avaliação: Craque

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Nº14: Nuno Jorge Pereira da Silva Valente


  • Nuno Jorge Pereira da Silva Valente.
  • Defesa Esquerdo.
  • Nasceu a 12 de Setembro de 1974 em Lisboa.
  • Títulos no Sporting: 1 Taça de Portugal (1994/95) e 1 Supertaça de Portugal (1995/96).
  • 33 Internacionalizações com 1 golo marcado.

Chegamos a um jogador que apesar de não ser um fora de série, é até bastante bom e podia ter sido uma séria alternativa a Rui Jorge no lado esquerdo da defesa do Sporting em meados e finais dos anos 90. Contudo, como muitas vezes acontece, prefere-se mandar embora os portugueses jovens para trazer estrangeiros de valor duvidoso e, deste modo, tivemos que agonizar na lateral esquerda sem uma alternativa decente a Rui Jorge e ver o Nuno Valente a seguir uma carreira de sucesso ao lado de pessoas com visão. Depois deste pequeno desabafo, dizer que este jogador esteve 4 épocas no Sporting sem se conseguir afirmar, não só por sua culpa, mas como tenho que avaliar o percurso feito em Alvalade, atendendo ao que fez, tenho que considerá-lo um flop.

Nascido em Lisboa, começou a sua carreira profissional no futebol no Portimonense, emprestado pelo Sporting clube em que se formou, onde se estreou com apenas 19 anos, na época de 1993/94, realizando 26 jogos e marcando 1 golo, o que lhe valeu o regresso a Alvalade.
Foi na época de 1994/95, que Carlos Queiroz o quis de volta para disputar o lugar com Paulo Torres, mas nenhum dos 2 teve muito tempo de jogo, pois Queiroz preferiu adaptar Vujacic à esquerda. Valente ainda fez 9 jogos no Campeonato e 2 na Taça de Portugal o que lhe valeu o primeiro título pelo seu clube: a Taça de Portugal. A sua estreia foi logo como titular e a extremo esquerdo, no dia 21 de Janeiro de 1995, no empate caseiro frente ao Farense, saindo aos 45m para entrar Capucho o autor do golo (1-1). Na 21ª jornada, a 19 de Fevereiro, fez o seu segundo jogo pelo Sporting, o segundo a titular, mas o primeiro na posição de defesa esquerdo. Foi na vitória fora do Sporting sobre o Marítimo por 2-0 com golos de Naybet aos 36m e de Amunike aos 74m. A equipa que jogou nesse dia foi a seguinte: Costinha; Nelson Alves, Naybet, Marco Aurélio e Nuno Valente; Figo, Oceano, Peixe, Balakov e Amunike; Capucho (Chiquinho Conde, 88m). Até ao final da época e nos jogos em que fez, só 2 não foram como titular.

Plantel 1997/98, com Nuno Valente a figurar na fila de cima, 3º a contar da esquerda.


Na época de 1995/96, saiu Paulo Torres, mas nem assim Nuno Valente jogou mais do que na época anterior. Fez 9 jogos no Campeonato, 2 na Taça e 2 na Europa, na Taça das Taças, onde se estreou. Foi a 14 de Setembro de 1995, em Alvalade, frente ao Maccabi Haifa, na vitória por 4-0, com golos de Pedro Barbosa aos 7m, 10m e 47m e de Sá Pinto aos 88m. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Costinha; Nelson Alves, Naybet, Marco Aurélio e Nuno Valente; Sá Pinto, Oceano, Pedro Martins (Vidigal, 85m) e Pedro Barbosa (Paulo Alves, 75m); Amunike e Ouattara (Dominguez, 63m). Apesar de não ter alinhado em nenhum dos 3 jogos, contabilizou como título a Supertaça desse ano, já com Octávio Machado ao leme da equipa.
Em 1996/97, foi emprestado por Robert Waseige ao Marítimo para dar lugar ao péssimo Balajic. Na Madeira, realizou 30 jogos a bom nível o que fez com que Octávio Machado pedisse o seu regresso, para a atribulada época de 1997/98.
Nessa época, raros foram os lugares fixos na equipa orientada sucessivamente por Octávio Machado, Francisco Vital, Vicente Cantatore e Carlos Manuel. O lado esquerdo da defesa foi um desses exemplos ao ver por lá passar Nuno Valente, Vinicius, Quim Berto e até Vidigal. Nuno fez apenas 6 jogos no Campeonato e 1 na Taça de Portugal.

Na época seguinte, entrava no Sporting o treinador croata Mirko Jozic com um projecto muito bom: apostar na juventude e nas boas exibições, o que foi bem sucedido. Para mim, foi a época em que vi o Sporting fazer as melhores exibições de sempre. As péssimas e incríveis arbitragens e alguma ingenuidade de um plantel jovem fizeram a equipa ficar num 4º lugar que não merecia, lançando as bases para a época seguinte em que se quebrou o jejum.
Para terem uma ideia da aposta na juventude de Jozic vou dar um exemplo de um jogo na Taça UEFA. Depois de ter perdido por 2-0 em casa frente ao Bolonha, Jozic foi descomplexado a Itália e apostou num onze com uma média de 21,6 anos, com apenas 2 jogadores com mais de 23 anos! O Sporting pode ter perdido 2-1, mas fez uma excelente exibição, esteve a ganhar e no final sofreu 2 golos, já reduzido a 10, em contra-ataque. Para a história fica o onze desse dia 29 de Setembro de 1998: Tiago; Patacas, Beto, Quiroga e Vinicius; Saber, Bino, Delfim, Duscher e Simão; Leandro. No banco, também muitos jovens: Nelson, Iordanov, Renato, Kmet, Ramírez, Caneira e Nuno Valente. De resto, Nuno Valente fez 12 jogos no Campeonato, marcando o seu único golo de leão ao peito. Foi na 9ª jornada, a 30 de Outubro de 1998, na vitória em Alvalade frente ao Marítimo por 2-0, aos 53m, sendo seguido por Iordanov que marcou aos 56m.
Na época seguinte foi dispensado rumo à União de Leiria onde teve um enorme sucesso, como demonstram os 87 jogos disputados e 2 golos marcados em 3 épocas, ajudando a equipa a conquistar o 10º lugar em 2000, o 5º em 2001 e o 7º em 2002. Nessa última época foi treinado por José Mourinho que a meio saiu para o FC Porto. Em 2002/03, Nuno Valente transfere-se para o FC Porto a pedido de Mourinho e com ele colecciona enormes sucessos, 2 Campeonatos, 1 Taça de Portugal, 1 Supertaça, 1 Taça UEFA e 1 Liga dos Campeões. O ano de 2002 foi também o ano em que Nuno se estreou pela selecção, sob o comando de Agostinho Oliveira no particular frente à Inglaterra (1-1). O seu único golo pela selecção foi a 31 de Março de 2004, na derrota caseira por 2-1 frente à Itália, num jogo de preparação para o Euro 2004.

Em 2004, esteve presente no Europeu que Portugal perdeu na final frente à Grécia (0-1), jogando 5 dos 6 jogos. No início da nova época, Mourinho rumou ao Chelsea e Nuno Valente teve sucessivas lesões que o levaram a jogar pouco, o mesmo acontecendo no início da seguinte, recebendo um ultimato de Pinto da Costa: ou o Porto ou a selecção. Nuno escolheu a selecção e foi vendido no mercado de 2005 ao Everton, por indicação de Mourinho. Para a história ficam os mais de 80 jogos com a camisola do Porto.
Em 2005/06, realizou 26 jogos pelo Everton, sendo convocado por Luiz Felipe Scolari para o Mundial 2006, no qual Portugal ficou em 4º lugar. Dos 7 jogos disputados, Valente só não jogou no último da fase de grupos. Na época seguinte, alinhou apenas em 17 jogos pelo Everton, numa época em que esteve bastante tempo lesionado, deixando de ser chamado à selecção. Na última época jogou apenas em 15 jogos, sendo que esta época, depois de saber que estava na pré-convocatória de Carlos Queiroz para a selecção nacional, renunciou à mesma, após 33 jogos e 1 golo. Até agora, leva 2 jogos pelo Everton.

Carreira

1993/94: Portimonense

1994/95: Sporting

1995/96: Sporting

1996/97: Marítimo

1997/98: Sporting

1998/99: Sporting

1999/00: U. Leiria

2000/01: U. Leiria

2001/02: U. Leiria

2002/03: FC Porto

2003/04: FC Porto

2004/05: FC Porto

2005/06: Everton

2006/07: Everton

2007/08: Everton

2008/09: Everton

Carreira no Sporting*

1994/95: 9 - / 2 - / - -

1995/96: 9 - / 2 - / 2 -

1997/98: 6 - / 1 - / - -

1998/99: 12 1 / - - / - -

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)


Avaliação: Flop

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Nº13: César Luís Prates

  • César Luís Prates.
  • Defesa Direito.
  • Nasceu a 8 de Fevereiro de 1975 em S. Miguel do Oeste (Brasil).
  • Títulos no Sporting: 2 Campeonatos Nacionais (1999/00 e 2001/02), 2 Supertaças de Portugal (2000/01 e 2002/03) e 1 Taça de Portugal (2001/02).
  • 2 Internacionalizações pelo Brasil.

César Prates é um lateral direito brasileiro, que passou com sucesso pelo Sporting durante 3 anos e meio, conquistando tudo o que havia para conquistar a nível nacional. Conhecido por ser um jogador muito rápido, que marcava de forma eficiente livres directos, por vezes deixava a sensação de querer fazer tudo depressa demais o que o levava a cometer alguns erros, sem nunca deixar de ser considerado craque por tudo o que fez e ganhou no Sporting.
Para reforçar a sua temível velocidade, lembro-me de um jogo em 2002, nos Açores frente ao Santa Clara (3-0) em que entrou aos 58m com o resultado em 0-0 e 13 minutos depois tem uma arrancada junto à área leonina em que leva tudo à sua frente só sendo parado em falta já dentro da área do Santa Clara, abrindo aí o caminho para a vitória no jogo e no Campeonato desse ano.


Nasceu em 1975, fazendo a sua formação nas escolas do Internacional até 1994, o ano em que com 19 anos deu o salto para a equipa principal a tempo de ganhar o Campeonato Gaúcho desse ano. Desde logo se revelou uma promessa do clube, não sendo, contudo, muito utilizado nos 2 anos em que lá permaneceu (apenas 20 jogos).
Na época de 1996/97 rumou a Espanha para jogar no Real Madrid, fazendo apenas parte da equipa B, que disputou a 2ª Divisão e desceu ao classificar-se no 18º lugar da geral. César realizou 15 jogos, regressando no final da época ao Brasil, para jogar no Vasco da Gama. Aí foi campeão brasileiro e do Rio de Janeiro, sendo que em 1999 representaria 3 clubes.

Voltando por momentos a 1996, dizer que foi o ano da sua estreia pela selecção brasileira pela mão de Mário Zagallo, no particular frente aos Camarões (2-0). Nesse dia 13 de Novembro o Brasil alinhou com Zetti; César Prates (André Luiz, 73m), Gonçalves, Cléber e Zé Roberto; Leandro Ávila, Doriva, Djalminha e Denilson; Oséas (Renaldo, 46m) e Giovanni. Os golos seriam marcados por Djalminha aos 48m e Giovanni aos 57m. O outro jogo pela selecção iria ocorrer a 2 de Abril de 1997, no particular frente ao Chile, que ficou 4-0 com golos marcados por Ronaldo aos 9’ e 58m e por Romário aos 39m e 62m. A equipa que alinhou nesse dia foi a seguinte: Taffarel; Cafú (César Prates, 42m), Aldair, Gonçalves e Roberto Carlos (Zé Roberto, 81m); Denilson, Mauro Silva, Leandro Ávila e Juninho Paulista; Romário (Donizete, 85m) e Ronaldo (Jardel, 70m). Depois destes 2 jogos, nunca mais voltou à selecção.
Em 1999, começou pelo Coritiba, passou ao Botafogo e acabou no Corinthians onde venceria o Brasileirão e o estadual de S. Paulo. Em Janeiro de 2000, é contratado para o Sporting por Carlos Freitas, juntamente com Mbo Mpenza e André Cruz, para a segunda metade da época.

A sua estreia com a camisola leonina aconteceu, da melhor maneira, na 5ª Eliminatória da Taça de Portugal, em Alvalade frente à União de Leiria. César Prates foi titular e marcou o único golo do desafio aos 45m. A equipa que alinhou nesse dia foi: Nelson; César Prates, Beto, André Cruz e Rui Jorge; Vidigal, Toñito, Afonso Martins (Delfim, 46m) e Mbo Mpenza (Bino, 84m); Ayew e Acosta (Iordanov, 73m). No Campeonato estreou-se à 17ª jornada na vitória por 2-0 frente ao Salgueiros. No final da época, César Prates seria campeão nacional pelo Sporting, pondo fim a um jejum que durava há 18 anos. O jogo do título foi em Vidal Pinheiro frente ao Salgueiros, vencendo o Sporting por 4-0, ficando César Prates de fora por lesão. Ainda nesse ano, marcaria no Campeonato, no dia 10 de Março, em Braga na vitória por 2-0, aos 88m, depois do golo de Ayew aos 76m.
Na época seguinte, o título iria para o Boavista e o Sporting, que foi treinado nessa época por Inácio, Fernando Mendes e Manuel Fernandes, ficaria no 3º lugar da geral. Prates foi utilizado regularmente por todos os treinadores, vencendo a Supertaça Cândido de Oliveira, após 3 jogos. No jogo decisivo, o Sporting venceria o FC Porto por 1-0. Nessa época, marcaria 1 golo. Foi a 24 de Fevereiro de 2001, na vitória por 3-1 frente ao Gil Vicente, em Alvalade, abrindo caminho para a vitória ao marcar aos 72m, sendo seguido por Acosta aos 81m e João Pinto aos 90m.

Equipa do Sporting em 2001/02. Em cima, da esquerda para a direita: Nelson, Niculae, André Cruz, Dimas, Beto e Paulo Bento. Em baixo, pela mesma ordem: Rui Bento, Horváth, Sá Pinto, João Pinto e César Prates.

Na época de 2001/02, o Sporting seria treinado por Laszlo Boloni que conduziria a equipa à dobradinha, 20 anos depois da última que tinha sido com Malcolm Allison. César foi utilizado regularmente se bem que com algum decréscimo devido à forte concorrência do adaptado Beto.
No início de 2002/03, o Sporting venceria a Supertaça, ao ganhar ao Leixões por 5-1, com César Prates a começar o jogo no banco. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Tiago; Hugo, Beto, Contreras e Rui Jorge (César Prates, 34m); Ricardo Quaresma (Carlos Martins, 64m), Paulo Bento, Ricardo Fernandes e Toñito; Kutuzov e Niculae (Danny, 58m). Os golos do Sporting seriam marcados por Ricardo Fernandes aos 31m e 82m, Niculae aos 46m, Kutuzov aos 54m e Carlos Martins aos 86m, ao passo que o golo do Leixões seria marcado por Antchouet. Nessa época, Prates seria utilizado num total de 21 jogos, saindo no final da época rumo ao Galatasaray, onde disputou 15 jogos marcando 2 golos.

No final da época regressaria ao Brasil para jogar no Figueirense onde ainda marcou 3 golos em 16 jogos, mudando-se ainda nesse ano para o Botafogo onde ficou durante 1 ano e meio disputando 29 jogos e marcando 8 golos. Na época de 2005/06 rumou a Itália para representar o Livorno. Realizou 33 jogos, ajudando a equipa a alcançar um excelente 6º lugar na classificação e transferiu-se para o Chievo onde apenas jogou por 3 vezes, num ano em que esta equipa desceu de divisão. César Prates rumaria ao Brasil para integrar os quadros do Figueirense, mudando-se esta época para o Atlético Mineiro onde já leva 2 golos em 12 jogos disputados.

Carreira

1994: Internacional

1995: Internacional

1996/97: Real Madrid B

1998: Vasco da Gama
Coritiba

1999: Botafogo
Corinthians

1999/00: Sporting

2000/01: Sporting

2001/02: Sporting

2002/03: Sporting

2003/04: Galatasaray
Figueirense

2005: Botafogo

2005/06: Livorno

2006/07: Chievo

2008: Figueirense
Atlético Mineiro

Carreira no Sporting*

1999/00 (desde Janeiro): 14 1 / 4 1 / - -

2000/01: 29 1 / 4 - / 6 -

2001/02: 23 - / 4 - / 5 -

2002/03: 18 - / - - / 3 -

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)


Avaliação: Craque