terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Nº21: Fernando Mamede Mendes


  • Fernando Mamede Mendes.
  • Médio Centro.
  • Nasceu a 15 de Julho de 1937 em Seia.
  • Títulos no Sporting: 2 Campeonatos Nacionais (1957/58, 1961/62), 1 Taça de Portugal (1962/63) e 1 Taça das Taças (1963/64).
  • 21 Internacionalizações.


Fernando Mendes é um dos maiores nomes da história do Sporting Clube de Portugal. Um médio tecnicista, com grande disponibilidade física e uma capacidade de liderança fantástica que o levou a ser capitão de equipa. Foi nessa função que levantou a Taça das Taças em 1964. Ainda faz parte dos quadros do Sporting tendo treinado a equipa principal de futebol em algumas ocasiões, normalmente em momentos de transição. Como treinador principal foi campeão, fazendo parte do grupo restrito de pessoas que ganharam o Campeonato como jogador e treinador do Sporting. Como já aconteceu com Augusto Inácio, depois será criado um post sobre o Fernando Mendes como treinador. Uma carreira excelente que teve o seu fim num jogo da selecção em que contraiu uma lesão grave que fez com que nunca mais fosse o mesmo.

Nascido em Seia, o jovem Fernando Mendes ingressou no Sporting com 16 anos de idade. Começou por fazer parte do plantel sénior já na época de 1957/58, jogando apenas 5 jogos no Campeonato e 1 na Taça, mas deu nas vistas pela sua maturidade e capacidade de liderança no meio campo. O seu jogo de estreia foi no dia 26 de Janeiro de 1958, na 20ª jornada do Campeonato (naquela altura eram 26 jornadas), em Alvalade na vitória do Sporting por 6-1 frente ao Torreense. A equipa que alinhou nesse dia foi a seguinte: Octávio de Sá; Manuel Caldeira e Mário Gonçalves; Joaquim Pacheco, David Júlio e Fernando Mendes; Ivson Freitas, Manuel Vasques, Vadinho, Joaquim José Barreira e João Martins. Os golos do Sporting foram marcados por David Júlio aos 4m e 30m, por Joaquim José Barreira aos 10m, Ivson Freitas aos 45m e 57m e Manuel Vasques aos 84m. Esse ano acabou com a conquista do título nacional, sob o comando de Enrique Fernandez.


Na época seguinte, Fernando Mendes assumiu-se como patrão do meio campo, como homem que mexia os cordelinhos da equipa e fez 22 jogos no Campeonato, sempre a excelente nível. Realizou 5 jogos na Taça e 4 na Taça dos Clubes Campeões Europeus. Num desses jogos marcou o seu único golo na Europa. Foi na derrota caseira do Sporting com o Standard de Liège por 3-2, a contar para a 2ª Eliminatória. Fernando Mendes marcou aos 80m, sendo que o outro golo foi um auto-golo do defesa belga Bolzée aos 23m. Pelo Standard marcaram Paeschen aos 13m, Jadot aos 69m e Mallants aos 70m.
Na época de 1959/60, estreou-se pela selecção portuguesa, onde contabilizaria 21 jogos. Assumiu-se como capitão de equipa do Sporting e realizou 26 jogos no Campeonato, marcando o seu único golo naquela prova. Foi a 27 de Setembro de 1959, na vitória por 2-1 em Alvalade frente à Académica. O golo foi marcado aos 58m e Puglia iria fazer o segundo aos 67m. Na Taça de Portugal iria fazer 10 jogos.


Na época seguinte, o Sporting iria ficar em 2º lugar do Campeonato e Mendes realizaria um total de 30 jogos entre Campeonato e Taça. Na época de 1961/62, o Sporting seria campeão sob o comando do ex-jogador Juca, com Fernando Mendes a realizar um total de 29 jogos.
Em 1962/63, uma arreliadora lesão iria impedir o contributo do capitão do Sporting durante algum tempo, ficando com apenas 16 jogos no Campeonato. O Sporting ressentiu-se e acabou o Campeonato no 3º lugar a 10 pontos do Benfica. Contudo, ficaria para a história a vitória na Taça de Portugal, pois permitiu o acesso à Taça dos Vencedores das Taças.
Chegamos à época histórica de 1963/64, onde o Sporting venceu a Taça das Taças com o capitão Fernando Mendes em grande destaque. Se no plano interno as coisas não correram muito bem com o 3º lugar a 12 pontos do campeão Benfica, na Europa o Sporting alcançou grande sucesso. O comando técnico ficou a cargo de Gentil Cardoso, mas a meio da época este foi despedido para entrar o arquitecto Anselmo Fernández, com Francisco Reboredo a ficar com o cargo de treinador de campo. Nessa época, o Sporting alcançou a maior vitória de sempre de um clube nas competições europeias ao vencer os cipriotas do APOEL por 16-1, com 6 golos de Mascarenhas, 3 de Figueiredo, 2 de Ferreira Pinto e Augusto Martins e 1 de Mário Lino, Pérides e Louro. Jogo histórico ocorreu a 18 de Março de 1964. O Sporting tinha perdido por 4-1 em Manchester com o Manchester U. e na 2ª mão, numa noite de sonho, venceu os ingleses por 5-0. Fernando Mendes foi determinante ao saber incutir nos colegas de equipa confiança, coragem e força de vontade. Os golos do Sporting foram marcados por Osvaldo Silva aos 3m, 12m e 54, por Geo aos 47m e João Morais aos 52m e a equipa que alinhou foi a seguinte: Carvalho; Pedro Gomes e Hilário; Fernando Mendes, Alexandre Baptista e José Carlos; Figueiredo, Osvaldo Silva, Mascarenhas, Geo e João Morais.



Equipa do Sporting que venceu a Taça das Taças, com Fernando Mendes a segurar a bola.


A finalíssima da competição foi a 15 de Maio em Antuérpia, com o Sporting a vencer o MTK Budapeste por 1-0 fruto do golo de canto directo de João Morais, aos 20m. Nesse dia histórico para o Sporting e para o futebol português, a equipa que alinhou foi a seguinte: Carvalho; Pedro Gomes, Alexandre Baptista, Fernando Mendes e José Carlos; Pérides e Geo; Osvaldo Silva, Mascarenhas, Figueiredo e João Morais. Nessa época, Fernando Mendes jogaria um total de 38 jogos em todas as competições.
Na época seguinte, o Sporting ficaria num péssimo 5º lugar, com Fernando Mendes a disputar um total de 25 jogos. Essa temporada ficaria marcada pelo infeliz dia 25 de Abril de 1965. O jogo Checoslováquia – Portugal, em Bratislava marcou o princípio do fim da carreira de Fernando Mendes. Aos 3m de jogo, uma entrada assassina destruiu-lhe o joelho direito. Mendes iria recuperar depois de uma época sem jogar, na qual o Sporting se sagrou campeão, mas nunca mais seria o mesmo jogador, apesar da sua disponibilidade e sacrifício na recuperação. Esse título não é contabilizado no seu palmarés por não ter jogado. Regressou na época de 1966/67, jogando apenas 11 vezes e na época seguinte encerraria a carreira muito novo, ao disputar apenas 3 jogos. O último jogo com a camisola leonina foi na 23ª jornada do Campeonato, no dia 21 de Abril de 1968, na vitória do Sporting por 3-0, em Alvalade diante do Barreirense, com golos de Marinho aos 5m e Lourenço aos 79m e 86m. A equipa desse dia foi a seguinte: Carvalho; Pedro Gomes, Armando Manhiça, José Carlos e Hilário; Fernando Mendes e Fernando Peres; José Morais, Marinho, Lourenço e Figueiredo. No final da época, acabava o Fernando Mendes para a prática do futebol.
Assumiu por 3 vezes o comando do Sporting, chegando mesmo a ser campeão em 1979/80, mas isso será contado aquando do post sobre o Fernando Mendes treinador.


Carreira

1957/58: Sporting

1958/59: Sporting

1959/60: Sporting

1960/61: Sporting

1961/62: Sporting

1962/63: Sporting

1963/64: Sporting

1964/65: Sporting

1965/66: Sporting

1966/67: Sporting

1967/68: Sporting

Carreira no Sporting*

1957/58: 5 - / 1 - / - -

1958/59: 22 - / 5 - / 4 1

1959/60: 26 1 / 10 - / - -

1960/61: 23 - / 7 - / - -

1961/62: 20 - / 9 - / - -

1962/63: 16 - / - - / - -

1963/64: 22 - / 4 - / 12 -

1964/65: 19 - / 4 - / 2 -

1965/66: - - / - - / - -

1966/67: 9 - / - - / 2 -

1967/68: 3 - / - - / - -

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)

Avaliação: Craque

sábado, 20 de dezembro de 2008

Nº20: Miguel Alberto Fernandes Marques


  • Miguel Alberto Fernandes Marques.
  • Defesa Central.
  • Nasceu a 7 de Junho de 1963 em Guimarães.
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.
  • 5 Internacionalizações.

O Miguel foi um defesa central que passou pelo Sporting sem deslumbrar, apesar de não ser mau jogador. Contudo, como não atingiu a projecção esperada, embora os tempos fossem negros, terá que ser considerado um flop. Não um grande flop, mas no limiar entre as duas avaliações deste blog. Conhecido por ser um central com bom poder de elevação e com elevada entrega ao jogo e espírito de sacrifício acabou por regressar um pouco aos bons velhos tempos depois de sair do Sporting. Um dia, Miguel ou Miguel Marques como também era conhecido partiu os dentes na cabeça de Fernando Gomes.

Nascido em Guimarães, começou a sua carreira de profissional sénior no clube da cidade. Foi lançado na equipa sénior no final da época 1984/85 pelo treinador belga Raymond Goethels e, na época seguinte afirmou-se de imediato ao lado de Nené na defesa vimaranense. Nessa época, o Vitória conseguiu um excelente 4º lugar no Campeonato Nacional e Miguel Marques disputou 28 jogos marcando 1 golo. Na época seguinte, o Vitória Guimarães maravilhou tudo e todos com um excelente futebol e alcançou um brilhante 3º lugar no Campeonato sob o comando de Marinho Peres, com Miguel a ser figura preponderante no eixo da defesa disputando 28 jogos. Por essa altura estreou-se na selecção portuguesa num jogo frente à Suécia, sob o comando de Juca, realizando excelente exibição. Contabilizou mais 4 jogos pela selecção nacional e 8 pela selecção olímpica.
Em 1987/88, com António Oliveira ao leme, as coisas não correram muito bem, com o Vitória a acabar o Campeonato na 14ª posição. A nível individual, Miguel realizou 38 jogos, despertando a atenção do Sporting que avançou para a sua contratação.

Essa época foi marcada pela presidência de Jorge Gonçalves, o popular Bigodes, que fez uma revolução no plantel contratando um lote de jogadores de renome, sendo que Miguel estava incluído neste lote. Para a sua contratação, o Sporting além de ter dado um montante em dinheiro ainda dispensou a título definitivo para Guimarães os jogadores Germano, Silvinho e Vítor Santos. Deste modo, chegava a Alvalade o defesa Miguel para integrar o plantel treinado pelo treinador uruguaio Pedro Rocha. Começou por ser titular, ao lado de António Morato, o que não deixava de ser estranho dada a baixa estatura de ambos. Apesar de possuírem um excelente poder de elevação mediam 1,78m e 1,76m respectivamente. A estreia em jogos oficiais ocorreu na 1ª jornada do Campeonato Nacional, a 21 de Agosto de 1988, no Estádio do Mar em Matosinhos, na vitória do Sporting por 2-0 sobre o Leixões, com golos de Silas aos 20m e Carlos Xavier aos 90m. A equipa que alinhou foi a seguinte: Rodolfo Rodríguez; João Luís Barbosa, Miguel, Morato e Fernando Mendes; Silas, Oceano, Carlos Xavier e Carlos Manuel; José Lima (Mário Jorge, 58m) e Paulinho Cascavel. No total, Miguel efectuou 20 jogos entre Campeonato e Taça, marcando 1 golo. Foi a 8 de Março de 1989, em jogo a contar para os quartos de final da Taça, com o Sporting a vencer o Vizela por 4-1, já com Manuel José a treinador. A equipa que jogou nesse dia foi a seguinte: Rodolfo Rodríguez; Ferrinho, Miguel e Morato; Forbs, Oceano, Silas (Marinho 85m), Carlos Manuel e Mário Jorge (Rui Maside, 75m); Eskilsson e Jorge Plácido. Os golos foram marcados por Mário Jorge aos 40m, Silas aos 54m, Miguel aos 69m e Jorge Plácido aos 82m.

Equipa do Sporting em 1989/90.
Em cima, da esquerda para a direita: Pedro Venâncio, João Luís Barbosa, Valtinho, Miguel, Douglas e Ivkovic.
Em baixo, pela mesma ordem: Marlon Brandão, Fernando Gomes, Paulinho Cascavel, Carlos Xavier e Carlos Manuel.


Na época seguinte, Manuel José continuou a treinador. Miguel começou novamente a titular, mas perdeu a titularidade no decorrer da época. Logo no primeiro jogo da época, o Sporting recebeu e venceu o Vitória de Guimarães por 3-2. A equipa foi a seguinte: Ivkovic; João Luís Barbosa, Miguel, Pedro Venâncio e Valtinho; Marlon Brandão, Carlos Xavier, Carlos Manuel (José Lima, 78m) e Douglas; Paulinho Cascavel e Fernando Gomes (Ali Hassan, 89m). Os golos do Sporting foram marcados por Paulinho Cascavel aos 43m, Valtinho aos 68m e Douglas aos 88m. No total, Miguel disputou um total de 10 jogos.
A época de 1990/91, foi um pouco melhor em termos de jogos disputados, mas a frequência de utilização foi mais irregular. De facto, Miguel, apesar de reencontrar Marinho Peres como treinador só se estreou a titular na 14ª jornada do Campeonato na derrota por 2-0 no Estádio das Antas. A equipa que jogou nesse jogo foi a seguinte: Ivkovic; Carlos Xavier, Miguel, Pedro Venâncio e Leal; Careca (João Luís Esteves, 80m), Oceano, Filipe e Douglas; Fernando Gomes e Jorge Cadete. No total, Miguel disputou 20 jogos entre Campeonato, Taça de Portugal e Taça UEFA.
Na época seguinte, foi dispensado por Marinho Peres rumo ao Gil Vicente para se tornar num homem da casa. Ficou 6 épocas em Barcelos sempre a bom nível. Em 1991/92, disputou 32 jogos no Campeonato e ajudou a equipa gilista a ficar no 13º lugar da classificação. Na época seguinte, com Vítor Oliveira a treinador jogou em 32 jogos, marcando 2 golos, sendo determinante para o 9º lugar final da sua equipa.
Em 1993/94, a equipa ficou em 10º com Miguel a jogar em 24 jogos marcando 2 golos. A época de 1994/95 foi mais complicada para os comandados de Vítor Oliveira, que mesmo assim ficaram em 13º lugar da classificação evitando a despromoção, com Miguel a ser pedra basilar da equipa com 3 golos marcados em 21 jogos disputados. Na época seguinte iria jogar em 26 jogos, no 11º lugar da equipa. A sua última época em Barcelos foi a de 1996/97, na qual disputou 28 jogos marcando 2 golos. A nível colectivo a época foi terrível com a descida à 2ª Divisão de Honra, já que o Gil ficou no 18º e último lugar da classificação. Miguel desceu mais do que a equipa, pois foi jogar no Trofense que se encontrava na 2ª Divisão B.


Ficou no Trofense durante 8 anos, com destaque para as suas duas últimas épocas, nas quais começou a tomar forma o projecto que levaria a equipa da Trofa da 2ª B à 1ª Divisão em poucos anos. Nessas duas épocas, Miguel disputou 36 jogos apesar dos seus 40 anos, marcando 1 golo em 2003/04 e 4 golos em 2004/05. Com 43 anos retirou-se do futebol, após uma derradeira época no Torcatense, na Série A da 2ª Divisão B, fazendo 18 jogos, não conseguindo evitar o último lugar da classificação para a sua equipa.

Carreira

1984/85: V. Guimarães

1985/86: V. Guimarães

1986/87: V. Guimarães

1987/88: V. Guimarães

1988/89: Sporting

1989/90: Sporting

1990/91: Sporting

1991/92: Gil Vicente

1992/93: Gil Vicente

1993/94: Gil Vicente

1994/95: Gil Vicente

1995/96: Gil Vicente

1996/97: Gil Vicente

1997/98: Trofense

1998/99: Trofense

1999/00: Trofense

2000/01: Trofense

2001/02: Trofense

2002/03: Trofense

2003/04: Trofense

2004/05: Trofense

2005/06: Torcatense

Carreira no Sporting*

1988/89: 16 - / 4 1 / - -

1989/90: 10 - / - - / - -

1990/91: 16 - / 2 - / 2 -

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)

(Agradecimento a Alberto de Castro Abreu pelas fotos e dados)

Avaliação: Flop

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Informação

Informo que por motivos profissionais (falta de tempo), os jogadores serão apresentados de 10 em 10 dias (dia 10, 20 e 30 de cada mês) e não todas as 4ªs. Espero que continuem a visitar, saudações desportivas!

Nº19: Rodrigo Fabri


  • Rodrigo Fabri.
  • Extremo / Nº10.
  • Nasceu a 15 de Janeiro de 1976 em Santo André (Brasil).
  • Títulos no Sporting: 1 Supertaça de Portugal (2000/01).
  • 3 Internacionalizações pelo Brasil com 1 golo marcado.


Rodrigo Fabri é um médio atacante brasileiro, famoso no seu país, mas que passou sem grande sucesso pela Europa, excepção feita ao período passado no Sporting e no Valladolid. De facto, por cá revelou-se um jogador muito bom, rápido, de bom toque de bola e com grande capacidade de passe. Infelizmente, o Sporting não o conseguiu segurar, mas ficou na retina pelas suas boas exibições produzidas com o manto verde e branco. De momento ainda joga no Brasil, mas já perdeu algum do seu fulgor, fruto dos seus quase 33 anos.

Nascido em Santo André, começou a jogar futebol na Portuguesa onde fez a sua formação e chegou a profissional sénior em 1995 com apenas 19 anos. Em 3 épocas ao serviço da Portuguesa marcou 26 golos em 58 jogos disputados o que lhe valeu a estreia, ainda em 1996, pela selecção brasileira sob o comando de Mário Zagallo. A estreia pela Canarinha ocorreu a 18 de Dezembro de 1996, no amigável em que o Brasil venceu por 1-0, com golo de Ronaldo aos 66m, a Bósnia. A equipa que jogou foi a seguinte: Zetti; Cafú, Gonçalves, André Cruz e Zé Roberto (Júnior, 72m); Djalminha (Rodrigo Fabri, 72m), Leandro Ávila, Flávio Conceição (Ricardinho, 46m) e Denilson; Giovanni (Oséas, 76m) e Ronaldo. A 11 de Novembro de 1997, marcou o seu primeiro e único golo pela selecção no amigável frente ao País de Gales, que o Brasil venceu por 3-0. Fabri marcou aos 51m, depois de Zinho aos 32m e Rivaldo aos 37m terem dado vantagem. Um mês depois fez o seu último jogo pela selecção frente à África do Sul (3-1). Esteve ainda presente na convocatória para a Taça das Confederações que o Brasil venceu em 1997, mas não chegou a jogar.
No ano de 1998, transferiu-se para o Flamengo, ficando apenas uns meses no clube, marcando 2 golos em 16 jogos, antes de se transferir para o Real Madrid, onde não chegou a jogar. Na época seguinte, rumou ao Valladolid por empréstimo e aí já começou a dar nas vistas ao marcar 8 golos em 29 jogos e ajudar de forma preponderante o clube a alcançar o 8º lugar na 1ª Liga Espanhola. Regressou ao Real Madrid, mas depois da pré-época feita no clube merengue foi emprestado ao Sporting que precisava de um extremo para o lugar deixado vago por De Franceschi.

Estreou-se apenas à 3ª jornada, sob o comando de Augusto Inácio, na derrota do Sporting por 3-2 em Braga, entrando aos 67m para o lugar de Horváth. Na jornada seguinte estreou-se a titular na recepção ao Alverca que acabou com um empate a 1 golo, com o do Sporting a ser marcado por Horváth aos 28, um grande golo diga-se de passagem. Nesse dia 16 de Setembro de 2000, o Sporting campeão em título apresentou a seguinte equipa: Schmeichel; César Prates, Hugo, André Cruz e Rui Jorge; Edmilson (Mbo Mpenza, 67m), Paulo Bento, Horváth (João Pinto, 78m), Toñito e Rodrigo Fabri (Carlos Martins, 58m); Acosta.
Marcou um total de 5 golos pelo Sporting em todas as competições num total de 29 jogos realizados, vencendo a Supertaça de Portugal frente ao FC Porto. Curiosamente, os seus 4 golos no Campeonato foram todos marcados em jornadas seguidas e com Fernando Mendes ao leme de equipa. A 6 de Janeiro de 2001, na 16ª jornada, o Sporting recebeu e venceu o Campomaiorense por 2-1, com Fabri a marcar aos 38m depois de André Cruz ter inaugurado o marcador aos 16m. Miguel Vaz reduziu aos 89m; na jornada seguinte, o Sporting deslocou-se ao Funchal para vencer o Marítimo por 2-0, com Fabri a bisar aos 61m e 64m; finalmente, na 18ª jornada, o Sporting deslocou-se ao sempre difícil Estádio de S. Luís para ser derrotado por 2-1 pelo Farense, com o golo a ser apontado por Fabri aos 89m. Os golos do Farense foram apontados por Rui Jorge na própria baliza aos 42m e por Marco Nuno aos 54m.
Na Taça, marcou um golo no dia 7 de Fevereiro já com Manuel Fernandes ao comando do Sporting. Foi no desempate dos oitavos de final em que o Sporting depois de ter empatado com o Nacional de José Peseiro em Alvalade (3-3) foi vencer à Madeira por 2-0. Fabri marcou aos 79m o golo da tranquilidade depois de Pedro Barbosa ter inaugurado o marcador aos 35m. No final da época, o Sporting ficou em 3º lugar no Campeonato e ficou-se pelas meias-finais da Taça de Portugal.

Regressou ao Real Madrid para ser emprestado de novo, desta vez ao Grémio onde ficou durante 2 anos. No que restou de 2001, ajudou o Grémio a ficar no 5º lugar da fase regular do Brasileirão. Em 2002, teve um ano de sonho ao tornar-se o melhor marcador do Brasileirão com 22 golos, os mesmos de Luís Fabiano e ao chegar às meias-finais do Brasileirão depois do Grémio ter ficado em 4º na fase regular. Em 2003, saiu a meio da época para o Atlético Madrid, deixando um total de 39 golos marcados em 66 jogos pelo Grémio. No Atlético Madrid, venceu o Troféu de Madrid e o Ramón Carranza, troféus de pré-época. Na época, propriamente dita, o Atlético ficou em 7º lugar na Liga e Fabri jogou 15 jogos. No final de 2004, regressou ao Brasil por empréstimo para o Atlético Mineiro onde jogou 45 jogos marcando 7 golos, no final dessa época em que a equipa ficou em 19º lugar e na época seguinte em que a equipa se quedou pelo 20º lugar.


Na época de 2006 foi apresentado pelo S. Paulo, mas apenas jogou por 4 vezes na época em que a equipa paulista foi campeã brasileira. Na época seguinte rumou ao Paulista e agora é jogador do Figueirense onde já venceu um Estadual de S. Catarina. Acrescentar que em 1996 e em 1997 venceu a bola de prata atribuída pelo jornal “Placar”.

Carreira

1995: Portuguesa

1996: Portuguesa

1997: Portuguesa

1998/99: Flamengo
Real Madrid

1999/00: Valladolid

2000/01: Sporting

2002: Grémio

2003/04: Atlético Madrid

2005: Atlético Mineiro

2006: S. Paulo

2007: Paulista

2008: Figueirense

Carreira no Sporting*

2000/01: 22 4 / 4 1 / 3 -

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)


Avaliação: Craque


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Nº18: Rodolfo Sérgio Rodríguez y Rodríguez



  • Rodolfo Sérgio Rodríguez y Rodríguez.
  • Guarda-redes.
  • Nasceu a 20 de Janeiro de 1956 em Montevideu (Uruguai).
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.
  • 79 Internacionalizações pelo Uruguai.


Rodolfo Rodríguez foi um guarda-redes uruguaio, que vestiu a camisola do Sporting sem sucesso, no final da década de 80. Fazia parte das famosas “unhas” de Jorge Gonçalves para a equipa leonina. Muito famoso no Brasil, onde alcançou grande sucesso, e no seu país natal onde é dos mais internacionais de sempre, foi com grande surpresa que acabou por ser um fiasco em Alvalade, entrando pela porta grande, mas saindo pela porta pequena, sendo mais um rotundo flop que passou pelas nossas balizas.


Começou a jogar futebol num clube da sua cidade natal: o Cerro, em 1971. Aí fez a sua formação até chegar à formação principal em 1976. Ficou apenas uns meses, pois deu nas vistas e foi de imediato contratado pelo Nacional, maior clube do Uruguai a par do Peñarol. Logo depois de chegar, conseguiu a primeira internacionalização pela selecção nacional uruguaia. Foi a 6 de Outubro de 1976, no empate (0-0) em Santiago do Chile, com a selecção local. Logo no ano seguinte consegue o primeiro título com o Nacional ao vencer o Campeonato Uruguaio. Agarra a titularidade do clube e da selecção e torna-se um ídolo no Uruguai, sendo mesmo chamado de “Pantera” ao acumular grandes exibições com ambas as camisolas. Chegamos a 1980, o melhor ano de Rodolfo. É nesse ano que vence, pelo Nacional, o Campeonato, a Libertadores e a Intercontinental e, pelo Uruguai, a Gold Cup, vencendo na final o Brasil. De acrescentar que nessa competição, Rodríguez foi o capitão de equipa.

Equipa do Santos


Já em 1979, tinha sido convocado para a Copa América e, em 1983, iria ter novo ano de ouro ao vencer mais um Campeonato Uruguaio e a Copa América desse ano. No final de 1984, decide dar um novo rumo à sua carreira ao transferir-se para o Santos, clube no qual ficou durante 4 anos. Logo no seu ano de estreia, o Santos venceria o Campeonato Paulista. Foi o seu único título pelo clube, o que não o impediu de se tornar um ídolo da torcida santista, por causa das suas excelentes exibições. No dia 21 de Abril de 1986, Rodríguez fez história ao tornar-se o uruguaio mais internacional de sempre, no jogo contra o País de Gales que ficou 0-0, com 79 internacionalizações. Foi o seu último jogo, pois, apesar de ter sido convocado para o Mundial de 1986, não jogou perdendo a titularidade para Alvez.



No ano de 1988, Jorge Gonçalves chegava à presidência do Sporting e contratava uma mão cheia de reforços sonantes. Ao treinador Pedro Rocha, juntaram-se Rodolfo Rodríguez para ajudar à retirada de Damas, Miguel Marques, Carlos Manuel, Douglas, Silas, Eskilsson e Rui Maside. Frank Rijkaard chegou a ser apresentado mas nunca jogou. Rodolfo estreou-se pelo Sporting na 1ª jornada do Campeonato, no dia 21 de Agosto de 1988, no jogo em que o Sporting venceu por 2-0 o Leixões, em Matosinhos, com golos de Silas aos 20m e de Carlos Xavier aos 90m. Nesse dia, o treinador uruguaio Pedro Rocha apresentou a seguinte equipa: Rodolfo Rodríguez; João Luís Barbosa, Miguel Marques, Morato e Fernando Mendes; Silas, Carlos Xavier, Oceano e Carlos Manuel; José Lima (Mário Jorge, 58m) e Paulinho Cascavel. Apesar de inúmeras falhas, conseguiu chegar à 5ª jornada sem sofrer golos, mas perdeu a titularidade para Vítor Damas, após sofrer 2 golos do Ajax no único jogo europeu que fez. Depois de Damas se retirar, voltou à titularidade, mas perdeu-a para Vital para ganhá-la de novo no dia 26 de Fevereiro de 1989 já com Manuel José ao leme da equipa, no jogo em casa do Fafe que acabou com a vitória leonina por 1-0, fruto do golo de Fernando Mendes aos 48m. Manteve a titularidade até ao negro dia 12 de Abril de 1989, nas meias-finais da Taça. Antes disso, dizer que fez a sua melhor exibição de leão ao peito no dia 25 de Março frente ao V. Guimarães (1-0, em Alvalade, com golo de Paulinho Cascavel aos 86m). Mas, nessas meias-finais, o Sporting perdeu por 3-1 com o Belenenses e Rodolfo ofereceu 2 golos aos de Belém, mais concretamente ao avançado Mladenov. Nesse dia, Manuel José fez alinhar a seguinte equipa: Rodolfo Rodríguez; Ricardo Rocha, Pedro Venâncio, Miguel Marques (Jorge Plácido, 79m) e Fernando Mendes; Douglas, Oceano, Carlos Xavier (Ali Hassan, 20m) e Silas; José Lima e Paulinho Cascavel. O golo do Sporting foi marcado por Douglas aos 42m. Depois desse dia, a titularidade foi para Vital até ao fim da época. Os números de Rodríguez, analisados a frio não são maus, com 16 jogos no Campeonato e 9 golos sofridos, 3 jogos na Taça e 4 golos sofridos e 2 golos num jogo europeu. O problema era o enorme número de falhas, principalmente nos cruzamentos, que fizeram com que Manuel José e Sousa Cintra o dispensassem em 1989.

Regressou ao Brasil para jogar na Portuguesa durante 2 anos. A propósito, há que dar nota de uma história curiosa com contornos de filme de gangsters. Sousa Cintra foi um dia ao Brasil para se reunir com o empresário Juan Figger e, reza a história, que Rodríguez encontrou Cintra e o ameaçou com uma arma, devido a dinheiro que lhe era devido pelo Sporting. Rodríguez negou tal facto dizendo que não tinha feito nada e que “se ele se assustou é porque sou feio e disso não tenho culpa”.
Em 1992, rumou ao Bahia e ganhou 2 Campeonatos Estaduais da Bahia em 1993 e 1994. Nesse ano retirou-se do futebol.

Carreira

1976/77: Cerro
Nacional M.

1977/78: Nacional M.

1978/79: Nacional M.

1979/80: Nacional M.

1980/81: Nacional M.

1981/82: Nacional M.

1982/83: Nacional M.

1983/84: Nacional M.

1985: Santos

1986: Santos

1987: Santos

1988/89: Sporting

1990: Portuguesa

1991: Portuguesa

1992: Bahia

1993: Bahia

1994: Bahia

Carreira no Sporting*

1988/89: 16 -9 / 3 -4 / 1 -2

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)


Avaliação: Flop