quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Nº18: Rodolfo Sérgio Rodríguez y Rodríguez



  • Rodolfo Sérgio Rodríguez y Rodríguez.
  • Guarda-redes.
  • Nasceu a 20 de Janeiro de 1956 em Montevideu (Uruguai).
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.
  • 79 Internacionalizações pelo Uruguai.


Rodolfo Rodríguez foi um guarda-redes uruguaio, que vestiu a camisola do Sporting sem sucesso, no final da década de 80. Fazia parte das famosas “unhas” de Jorge Gonçalves para a equipa leonina. Muito famoso no Brasil, onde alcançou grande sucesso, e no seu país natal onde é dos mais internacionais de sempre, foi com grande surpresa que acabou por ser um fiasco em Alvalade, entrando pela porta grande, mas saindo pela porta pequena, sendo mais um rotundo flop que passou pelas nossas balizas.


Começou a jogar futebol num clube da sua cidade natal: o Cerro, em 1971. Aí fez a sua formação até chegar à formação principal em 1976. Ficou apenas uns meses, pois deu nas vistas e foi de imediato contratado pelo Nacional, maior clube do Uruguai a par do Peñarol. Logo depois de chegar, conseguiu a primeira internacionalização pela selecção nacional uruguaia. Foi a 6 de Outubro de 1976, no empate (0-0) em Santiago do Chile, com a selecção local. Logo no ano seguinte consegue o primeiro título com o Nacional ao vencer o Campeonato Uruguaio. Agarra a titularidade do clube e da selecção e torna-se um ídolo no Uruguai, sendo mesmo chamado de “Pantera” ao acumular grandes exibições com ambas as camisolas. Chegamos a 1980, o melhor ano de Rodolfo. É nesse ano que vence, pelo Nacional, o Campeonato, a Libertadores e a Intercontinental e, pelo Uruguai, a Gold Cup, vencendo na final o Brasil. De acrescentar que nessa competição, Rodríguez foi o capitão de equipa.

Equipa do Santos


Já em 1979, tinha sido convocado para a Copa América e, em 1983, iria ter novo ano de ouro ao vencer mais um Campeonato Uruguaio e a Copa América desse ano. No final de 1984, decide dar um novo rumo à sua carreira ao transferir-se para o Santos, clube no qual ficou durante 4 anos. Logo no seu ano de estreia, o Santos venceria o Campeonato Paulista. Foi o seu único título pelo clube, o que não o impediu de se tornar um ídolo da torcida santista, por causa das suas excelentes exibições. No dia 21 de Abril de 1986, Rodríguez fez história ao tornar-se o uruguaio mais internacional de sempre, no jogo contra o País de Gales que ficou 0-0, com 79 internacionalizações. Foi o seu último jogo, pois, apesar de ter sido convocado para o Mundial de 1986, não jogou perdendo a titularidade para Alvez.



No ano de 1988, Jorge Gonçalves chegava à presidência do Sporting e contratava uma mão cheia de reforços sonantes. Ao treinador Pedro Rocha, juntaram-se Rodolfo Rodríguez para ajudar à retirada de Damas, Miguel Marques, Carlos Manuel, Douglas, Silas, Eskilsson e Rui Maside. Frank Rijkaard chegou a ser apresentado mas nunca jogou. Rodolfo estreou-se pelo Sporting na 1ª jornada do Campeonato, no dia 21 de Agosto de 1988, no jogo em que o Sporting venceu por 2-0 o Leixões, em Matosinhos, com golos de Silas aos 20m e de Carlos Xavier aos 90m. Nesse dia, o treinador uruguaio Pedro Rocha apresentou a seguinte equipa: Rodolfo Rodríguez; João Luís Barbosa, Miguel Marques, Morato e Fernando Mendes; Silas, Carlos Xavier, Oceano e Carlos Manuel; José Lima (Mário Jorge, 58m) e Paulinho Cascavel. Apesar de inúmeras falhas, conseguiu chegar à 5ª jornada sem sofrer golos, mas perdeu a titularidade para Vítor Damas, após sofrer 2 golos do Ajax no único jogo europeu que fez. Depois de Damas se retirar, voltou à titularidade, mas perdeu-a para Vital para ganhá-la de novo no dia 26 de Fevereiro de 1989 já com Manuel José ao leme da equipa, no jogo em casa do Fafe que acabou com a vitória leonina por 1-0, fruto do golo de Fernando Mendes aos 48m. Manteve a titularidade até ao negro dia 12 de Abril de 1989, nas meias-finais da Taça. Antes disso, dizer que fez a sua melhor exibição de leão ao peito no dia 25 de Março frente ao V. Guimarães (1-0, em Alvalade, com golo de Paulinho Cascavel aos 86m). Mas, nessas meias-finais, o Sporting perdeu por 3-1 com o Belenenses e Rodolfo ofereceu 2 golos aos de Belém, mais concretamente ao avançado Mladenov. Nesse dia, Manuel José fez alinhar a seguinte equipa: Rodolfo Rodríguez; Ricardo Rocha, Pedro Venâncio, Miguel Marques (Jorge Plácido, 79m) e Fernando Mendes; Douglas, Oceano, Carlos Xavier (Ali Hassan, 20m) e Silas; José Lima e Paulinho Cascavel. O golo do Sporting foi marcado por Douglas aos 42m. Depois desse dia, a titularidade foi para Vital até ao fim da época. Os números de Rodríguez, analisados a frio não são maus, com 16 jogos no Campeonato e 9 golos sofridos, 3 jogos na Taça e 4 golos sofridos e 2 golos num jogo europeu. O problema era o enorme número de falhas, principalmente nos cruzamentos, que fizeram com que Manuel José e Sousa Cintra o dispensassem em 1989.

Regressou ao Brasil para jogar na Portuguesa durante 2 anos. A propósito, há que dar nota de uma história curiosa com contornos de filme de gangsters. Sousa Cintra foi um dia ao Brasil para se reunir com o empresário Juan Figger e, reza a história, que Rodríguez encontrou Cintra e o ameaçou com uma arma, devido a dinheiro que lhe era devido pelo Sporting. Rodríguez negou tal facto dizendo que não tinha feito nada e que “se ele se assustou é porque sou feio e disso não tenho culpa”.
Em 1992, rumou ao Bahia e ganhou 2 Campeonatos Estaduais da Bahia em 1993 e 1994. Nesse ano retirou-se do futebol.

Carreira

1976/77: Cerro
Nacional M.

1977/78: Nacional M.

1978/79: Nacional M.

1979/80: Nacional M.

1980/81: Nacional M.

1981/82: Nacional M.

1982/83: Nacional M.

1983/84: Nacional M.

1985: Santos

1986: Santos

1987: Santos

1988/89: Sporting

1990: Portuguesa

1991: Portuguesa

1992: Bahia

1993: Bahia

1994: Bahia

Carreira no Sporting*

1988/89: 16 -9 / 3 -4 / 1 -2

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)


Avaliação: Flop

6 comentários:

Anónimo disse...

Rodolfo Rodríguez para nós santistas era a muralha humana ,o goleiro maior que o gol que também falhava às vezes mas nas horas decisivas fechava o gol.Dá-lhe Rodolfo.

Anónimo disse...

Rodolfo não deve ter tido muitas oportunidades no Sporting de mostrar sua condição de muralha humana no Santos quando ele chegou também teve algumas falhas no período de adaptação mas depois de adaptado ao futebol brasileiro virou a muralha humana.

Anónimo disse...

Rodolfooo Rodríguez a muralha humana!!!!!

Anónimo disse...

Santos fc o melhor time de futebol que existiu no mundo Foi campeão Mundial interclubes em Lisboa em 1962.

Anónimo disse...

Na final o Santos atropelou o Benfica por 5x2!!Com um show de Pelé e cia!!!

Anónimo disse...

Confesso que só o vi jogar há uns anos no futebol de praia. Mas pelos números e pelo que descreves aqui, flop no Sporting.