sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Nº23: João Pedro da Cruz

  • João Pedro da Cruz.
  • Extremo Esquerdo/Avançado.
  • Nasceu a 31 de Outubro de 1915, em Évora.
  • Faleceu a 7 de Julho de 1981, em Évora.
  • Títulos no Sporting: 3 Campeonatos Nacionais (1940/41, 1943/44 e 1946/47), 2 Taças de Portugal (1940/41 e 1945/46), 1 Campeonato de Portugal (1937/38) e 8 Campeonatos de Lisboa (1936/37, 1937/38, 1938/39, 1940/41, 1941/42, 1942/43, 1944/45 e 1946/47).
  • 10 Internacionalizações.

João Cruz foi um fabuloso jogador que passou pelo Sporting durante 11 anos, conseguindo inúmeros títulos e sendo o 10º melhor marcador de sempre do clube. Era avançado, mas jogava a extremo esquerdo no habitual esquema da época de cinco avançados ao lado daqueles que os mais antigos garantem ter superado os Cinco Violinos: Adolfo Mourão, Manuel Soeiro, Fernando Peyroteo (que fez parte depois dos Cinco Violinos) e Pedro Pireza. Acabou por perder fulgor quando apareceu o Violino Albano e acabou a sua carreira aquando do aparecimento do Violino Manuel Vasques.



Nascido em Évora, começou a carreira no Vitória de Setúbal e veio para o Sporting em 1936. Estreou-se na 1ª jornada do Campeonato de Lisboa, que viria a vencer, no jogo frente ao Carcavelinhos que acabou com um empate a 2 golos, com Soeiro a marcar os dois golos aos 35m e 88m. Sob o comando de Joseph Szabo, o Sporting alinhou nesse dia 11 de Outubro de 1936 com: Azevedo; António Serrano e Joaquim Serrano; Abelhinha, Henriques e Faustino; João Cruz, Pireza, Soeiro, Adolfo Mourão e Francisco Lopes. A sua estreia a marcar com a camisola leonina ocorreu uma semana depois na goleada que o Sporting infligiu ao Benfica por 5-0, no Campo das Amoreiras. João Cruz iria inaugurar o marcador aos 17m, sendo seguido por Soeiro aos 29m e 70, Pireza aos 77m e Faustino aos 88m.
Na época seguinte, chegaria ao Sporting um senhor chamado Fernando Peyroteo e estava formado o primeiro grande quinteto atacante do Sporting com João Cruz, Fernando Peyroteo, Pedro Pireza, Adolfo Mourão e Manuel Soeiro. Os antigos garantem que este suplantou os Cinco Violinos, Peyroteo, Albano, Vasques, Jesus Correia e Travassos. João Cruz iria marcar 22 golos num total de 28 jogos disputados, ajudando à conquista de mais um Campeonato de Lisboa.

João Cruz iria marcar sempre uma quantidade apreciável de golos ao longo da sua carreira de leão ao peito, sendo que o seu ano mais produtivo foi o de 1942/43, em que apontou um total de 25 golos em 30 jogos. Nesse ano, história com contornos de épico: num jogo contra o Benfica, o guarda-redes Azevedo lesiona-se aos 52m e João Cruz vai para a baliza. Não sofreu golos durante os restantes 38m do jogo!
Começou a perder algum fulgor com a chegada de Albano e, após uma época em mal jogou, vê a chegada de Vasques cortar a sua presença na equipa. De facto, o seu último jogo com a camisola do Sporting data da época de 1946/47, no Campeonato da I Liga, na derrota por 3-1 em casa do Benfica. Foi no dia 8 de Junho de 1947, sob o comando de Robert Kelly, com o golo a ser marcado por Sidónio Silva aos 26m, sendo que o Sporting apresentou uma equipa de segunda linha: Manuel Reis; Ismael Borges e Juvenal Silva; Canário, Manuel Marques e Veríssimo Alves; Armando Ferreira, Luís Cordeiro, Sidónio Silva, António Marques e João Cruz.
João Cruz, que faleceu em 1981, fica, assim, na história do Sporting ao ser o 10º melhor marcador de sempre com mais de uma centena de golos e por ser dos mais titulados. Contabilizou um total de 14 títulos e 10 Internacionalizações pela selecção portuguesa. É uma figura incontornável na história do Sporting Clube de Portugal!

Carreira

1934/35: V. Setúbal

1935/36: V. Setúbal

1936/37: Sporting

1937/38: Sporting

1938/39: Sporting

1939/40: Sporting

1940/41: Sporting

1941/42: Sporting

1942/43: Sporting

1943/44: Sporting

1944/45: Sporting

1945/46: Sporting

1946/47: Sporting

Carreira no Sporting*

1936/37: 14;5 / 7;2 / 10/2

1937/38: 13;7 / 5;3 / 10;12

1938/39: 13;6 / 6;1 / 8;6

1939/40: 17;10 / 4;3 / 10;4

1940/41: 13;5 / 7;4 / 10;11

1941/42: 21;12 / 3;1 / 10;12

1942/43: 17;15 / 3;1 / 10;9

1943/44: 16;3 / 2;- / 7;3

1944/45: 7;2 / 8;- / 8;1

1945/46: 12;- / -;- / 3;-

1946/47: 2;- / -;- / 1;-

*Época: Campeonato I Liga (J;G)/Campeonato Portugal e Taça (J;G)/Campeonato Lisboa (J;G)

Avaliação: Craque

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

2º Treinador: Harry Keith Burkinshaw


  • Harry Keith Burkinshaw.
  • Nasceu a 23 de Junho de 1935 em Higham (Inglaterra).
  • No Sporting durante: 1 ano.
  • Títulos no Sporting: 1 Supertaça de Portugal (1987/88).

Keith Burkinshaw foi um dos treinadores que passou pelo Sporting nos negros anos do jejum de títulos. Apesar de ter ganho uma Supertaça, é um flop como treinador do Sporting, devido às suas atitudes para alguns jogadores e a incapacidade de colocar a equipa a jogar futebol no Campeonato. Ficou no clube exactamente um ano, entrando para o lugar de Manuel José e sendo despedido para entrar António Morais para o comando do Sporting. Foi despedido pelo presidente que o contratou: Amado de Freitas.

Começou a sua carreira de futebolista nas camadas jovens dos Wolves para, já nos anos 50, mudar para o Denaby United onde ficou até 1953. Era um defesa raçudo que foi contratado em 1953 pelo Liverpool. Em 4 épocas apenas jogou uma vez, contra o Port Vale em 1955. Em Dezembro de 1957, o Workington pagou 3 mil libras pela sua contratação e o dinheiro foi muito bem empregue.
Em 8 épocas no clube jogou um número impressionante de 293 desafios e marcou 9 golos. Teve aqui a sua primeira experiência como treinador ao orientar a equipa na última época em que lá esteve, mais especificamente entre Novembro de 1964 e Março de 1965. Em Maio, saiu rumo ao Scunthorpe United e, em três épocas, marcou 3 golos em 108 jogos realizados, outro número impressionante. No final da época de 1967/68, com 33 anos, anuncia o final da sua carreira de futebolista profissional e assume uma carreira de treinador.

Foi para a Zâmbia treinar durante alguns meses e regressou a Inglaterra para treinar o Newcastle, de onde foi despedido já em 1975. Foi para Tottenham onde ficou durante 8 anos para se tornar o segundo técnico mais bem sucedido da história daquele clube londrino logo atrás de Bill Nicholson. No primeiro ano, os spurs desceram de divisão, mas na época seguinte iriam regressar e Burkinshaw levaria o clube à glória, ao ganhar duas taças de Inglaterra e uma Taça UEFA. Sairia em 1984 com o dever cumprido, mas nunca mais teria o mesmo sucesso, entrando a sua carreira numa espiral decrescente. Nesse ano, foi apontado como treinador da selecção do Bahrain onde ficou até 1986.
No final de 1986, o Sporting treinado por Manuel José e presidido por Amado de Freitas que tinha substituído João Rocha pouco tempo antes goleou o Benfica por 7-1, mas ficou 6 jogos sem ganhar. Em Fevereiro, Amado de Freitas apresenta Keith Burkinshaw como novo treinador do Sporting.
Estreou-se com um empate a uma bola, em Portimão, em jogo a contar para a 20ª jornada do Campeonato Nacional, no dia 22 de Fevereiro de 1987. A equipa que fez alinhar foi a seguinte: Vítor Damas; João Luís Barbosa, Morato, Venâncio e Fernando Mendes (Silvinho, 45m); Zinho (Houtman, 66m), Oceano, Litos e Mário Jorge; Manuel Fernandes e Meade. O golo do Sporting foi marcado por Houtman aos 84m. O Sporting, no final da época, ficaria em 4º lugar no Campeonato e seria derrotado pelo Benfica na final da Taça de Portugal. Em 11 jogos para o Campeonato, Burkinshaw conseguiu 6 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, com 22 golos marcados e 11 sofridos.

No início da época de 1987/88, Amado de Freitas renovou a confiança em Burkinshaw que não correspondeu. Apesar de vencer a Supertaça, a equipa não funcionava no Campeonato e havia uma tensão com alguns jogadores do clube. De facto, depois de dispensar Manuel Fernandes e Jordão, negou oportunidades a Fernando Mendes, que acabaria por sair e quase renegava Vítor Damas em favor de Rui Correia e Vital. O Sporting fez poucas contratações para essa época. Apenas fez subir Rui Correia dos juniores, fez regressar Cadete do empréstimo ao V. Setúbal e contratou Tony Sealy e Paulinho Cascavel.
Na Taça de Portugal, o Sporting foi derrotado pelo Farense logo na primeira eliminatória em que entrou. No Campeonato, manteve-se até 31 de Janeiro de 1988, sendo despedido após derrota pesada por 4-0 em Penafiel, para entrar António Morais. Num total de 19 jogos no Campeonato conseguiu apenas 7 vitórias, 7 empates e 5 derrotas, com 26 golos marcados e 23 golos sofridos.
Um exemplo da guerra que mantinha com alguns jogadores foi numa eliminatória da Taça das Taças frente ao Kalmar (5-0) em que, após renegar Vítor Damas, promove o seu regresso. No final do jogo, Damas não esteve para menos: “Não estou ao serviço do senhor Burkinshaw nem me estou a servir a mim próprio, sirvo apenas o Sporting Clube de Portugal. Suplente? Nem sempre fui suplente, cheguei até a ser terceiro guarda-redes…”
O único ponto positivo foi a conquista da Supertaça. O Sporting venceu a 6 de Dezembro, na 1ª Mão, na Luz, por 3-0 e na 2ª Mão venceu em Alvalade por 1-0 com a seguinte equipa: Vital; João Luís Barbosa, Duílio, Morato e Virgílio; Silvinho, Oceano, Carlos Xavier (Marlon Brandão, 80m) e Mário Jorge; Sealy (Mário Coelho, 72m) e Paulinho Cascavel. O único golo seria marcado por Silvinho aos 20m.
Depois de sair do Sporting, foi para o Gillingham onde ficou uma época. Depois foi assistente no West Bromwich, subindo a treinador principal na época de 1993/94, mas foi despedido depois de evitar por pouco a despromoção. Em 1997 assumiu por pouco tempo o comando do Aberdeen, onde era director. Finalmente, em 2005 foi contratado como adjunto para o Watford, saindo em 2007 por razões que se prendiam com a saúde de um familiar.

Carreira como treinador

1968: Zâmbia

1969/70: Newcastle

1970/71: Newcastle

1971/72: Newcastle

1972/73: Newcastle

1973/74: Newcastle

1974/75: Newcastle

1975/76: Newcastle

1976/77: Tottenham

1977/78: Tottenham

1978/79: Tottenham

1979/80: Tottenham

1980/81: Tottenham

1981/82: Tottenham

1982/83: Tottenham

1983/84: Tottenham

1985: Bahrain

1986/87: Sporting

1987/88: Sporting

1988/89: Gillingham

1993/94: West Bromwich Albion

1997: Aberdeen

Carreira no Sporting

1986/87: 4º lugar
(Desde Fevereiro)

1987/88: Inc.
(Até Janeiro)

Avaliação: Flop

sábado, 10 de janeiro de 2009

Nº22: Hugo Cardoso Porfírio


  • Hugo Cardoso Porfírio.
  • Extremo / Avançado.
  • Nasceu a 28 de Setembro de 1973 em Lisboa.
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.
  • 3 Internacionalizações por Portugal.

O Porfírio foi uma das maiores esperanças que saíram das camadas jovens do Sporting, sendo o jogador perfeito para colocar o rótulo de promessa eternamente adiada. De facto, apesar de ter chegado a internacional e de ter representado clubes de renome nunca confirmou as expectativas que criou à sua volta quando ainda era júnior do Sporting. Retirou-se no final da época passada depois de ter andado esquecido pelas divisões inferiores.

Sempre foi um jogador rápido e que se destacava pelo seu pé esquerdo fantástico, com uma técnica acima da média, pelo que foi sem surpresa que na época de 1992/93 começou a ser chamado por Bobby Robson para treinar com a equipa principal depois de se destacar nos juniores. Chegou mesmo a participar em 2 jogos, contabilizando apenas 53m nessa época. A sua estreia deu-se a 8 de Maio de 1993 na 30ª jornada do Campeonato no jogo em que o Sporting recebeu e venceu o Beira-Mar por 3-1, com golos de Juskowiak aos 52m e 83m e de Cherbakov aos 62m, quando entrou aos 85m para o lugar de Balakov. Na última jornada do Campeonato estreou-se a titular jogando os primeiros 45m do jogo, em Alvalade, frente ao Paços Ferreira. Foi no dia 6 de Junho de 1993 e o Sporting venceu por 3-1 com golos de Iordanov aos 66m, Capucho aos 82m e Cadete aos 89m. A equipa que alinhou nesse dia foi a seguinte: Rogério Peres; Nelson, Peixe, Carlos Jorge e Paulo Torres; Capucho, Figo (Iordanov, 57m), Filipe e Porfírio (Balakov, 45m); Cadete e Juskowiak. No final da época iria participar no Mundial de Juniores da Austrália onde jogou 2 jogos.
Na época seguinte, Porfírio jogou um pouco mais ao disputar 9 jogos para o Campeonato e 4 para a Taça com 1 golo marcado. Esse golo aconteceu no dia 15 de Fevereiro de 1994 em jogo a contar para os quartos de final da Taça, em Alvalade, frente ao Trofense (3-1). Sob arbitragem de Fortunato Azevedo, o Sporting alinhou com: Lemajic; Nelson, Peixe, Valckx e Paulo Torres; Capucho, Poejo (Iordanov, 45m), Paulo Sousa e Pacheco (Porfírio, 68m); Cadete e Juskowiak. Os golos foram apontados por Capucho aos 29m, Iordanov aos 52m e Porfírio aos 88m.


Era preciso ganhar maturidade e experiência, pelo que Porfírio foi emprestado pelo Sporting na época de 1994/95 ao Tirsense. A equipa de Eurico Gomes atingiu um impressionante 8º lugar tendo em conta que tinham acabado de subir de divisão e Porfírio disputou 19 jogos, pelo que na época seguinte foi novamente emprestado, desta feita ao U. Leiria. Pode-se dizer que explodiu como era previsto ao disputar 28 jogos e marcar 8 golos no 7º lugar da equipa. Chega à selecção nacional pela mão de António Oliveira num jogo frente à Irlanda em Dublin, na vitória de Portugal por 1-0. Foi convocado para o Europeu de Inglaterra onde apenas jogou os 15 minutos finais do jogo da fase de grupos frente à Turquia, sendo que a sua última internacionalização data de 9 de Novembro desse ano, na vitória caseira de Portugal por 1-0 frente à Ucrânia já com Artur Jorge ao leme da equipa das quinas. Voltando ao Verão de 1996, Porfírio foi uma das figuras da selecção portuguesa que conseguiu um inédito 4º lugar nos Jogos Olímpicos de Atlanta, sob o comando de Nelo Vingada.

Regressou a Alvalade como grande esperança, mas não passou disso mesmo ao apenas ter jogado por 2 vezes com Robert Waseige. Foi na 1ª jornada do Campeonato, na vitória em Espinho por 3-1, quando entrou aos 69m para o lugar de Missé-Missé e na 1ª mão da 1ª Eliminatória da Taça UEFA em Montpellier (1-1) quando entrou aos 70m para o lugar de Dominguez. Foi emprestado no mercado de Inverno ao West Ham, onde marcou 2 golos em 23 jogos no 15º lugar da sua equipa no Campeonato.
Já com o rótulo de promessa adiada foi vendido pelo Sporting ao Racing Santander onde chegou como contratação mais cara da história do clube. Nunca confirmou o seu valor, destacando-se por uma permanente má forma física. Mesmo assim jogou 20 jogos e marcou 1 golo, no empate a 2 bolas frente ao Tenerife, e coleccionou cartões (9 amarelos e 2 vermelhos). A equipa ficou no 15º lugar da Liga Espanhola.

Na época seguinte chega ao Benfica pela mão de Vale e Azevedo, mas volta a ser uma desilusão. Jogou apenas 6 jogos em 2 épocas na equipa principal e marcou 2 golos na Taça. Muito pouco para quem, na conferência de imprensa em que foi apresentado, disse que “não tinha nada a provar a ninguém”. Na época de 1999 foi emprestado ao Nottingham Forest onde apenas jogou 9 jogos e marcou 1 golo. No que restou do seu contrato com o Benfica jogou na equipa B e foi emprestado em 2000/01 ao Marítimo onde marcou 1 golo em 17 jogos. Foi dispensado no final da época de 2003/04 para ingressar no 1º Dezembro da 3ª Divisão Portuguesa onde conseguiu algum destaque e ajudou a equipa a ficar no 12º lugar da Série E em 2004/05 e no 5º lugar em 2005/06.
No final da época ruma ao Oriental, para na mesma série, alcançar um 3º lugar com a equipa. Em 2007/08 rumou ao Al-Nassr da Arábia Saudita, para encerrar a carreira no final da época. Hugo Porfírio, sem dúvida uma promessa eternamente adiada.

Carreira

1992/93: Sporting

1993/94: Sporting

1994/95: Tirsense

1995/96: U. Leiria

1996/97: Sporting
West Ham

1997/98: Racing Santander

1998/99: Benfica
Nottingham Forest

1999/00: Benfica

2000/01: Marítimo

2001/02: Benfica

2002/03: Benfica B

2003/04: Benfica B

2004/05: 1º Dezembro

2005/06: 1º Dezembro

2006/07: Oriental

2007/08: Al-Nassr

Carreira no Sporting*

1992/93: 2 - / - - / - -

1993/94: 9 - / 4 1 / - -

1996/97: 1 - / - - / 1 -
(Até Dezembro)

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)

Avaliação: Flop