terça-feira, 30 de junho de 2009

Nº37: Fernando Manuel Antunes Mendes




  • Fernando Manuel Antunes Mendes.
  • Defesa Esquerdo.
  • Nasceu a 5 de Novembro de 1966 em Setúbal.
  • Títulos no Sporting: 1 Supertaça de Portugal (1987/88).
  • 11 Internacionalizações.


Fernando Mendes, lateral esquerdo internacional português, relativamente apreciado por sportinguistas, bastante apreciado por portistas, odiado pelos benfiquistas. Este jogador, bastante irreverente e sem papas na língua, foi formado em Alvalade, saindo em 1989 por divergências com a direcção. Será considerado craque, pois brilhou por onde passou, com excepção do Benfica, sendo um dos últimos grandes laterais esquerdos portugueses, destacando-se pela sua raça a defender e por gostar de subir no terreno. Actualmente, anda nas bocas do mundo, já que, por coincidência, lançou um livro em que assume ter usado doping depois de sair do Sporting e em que faz acusações bastante graves a certos clubes por onde passou.








Este montijense de gema, como se auto-intitula, foi o único jogador a passar pelos cinco clubes que foram campeões portugueses. Começou a jogar futebol nos iniciados do Montijo, entrando em Alvalade, em 1980, para os iniciados. Aí fez todo o seu percurso de formação, sendo internacional português em todos os escalões de formação.
Em 1985, no último jogo da época, o treinador interino Pedro Gomes resolve chamá-lo para o banco, promovendo mesmo a sua estreia, com apenas 18 anos. Foi no dia 2 de Junho, quando entrou aos 60m para o lugar de Mário Jorge, na vitória leonina, em Alvalade, sobre o V. Setúbal por 4-0.
Na época seguinte, foi aposta desde o início do treinador Manuel José. Estreou-se a titular logo na 1ª jornada do Campeonato, na vitória por 6-0, em Alvalade, frente ao Penafiel, com 1 golo de Mário Jorge aos 44m e 5 golos de Manuel Fernandes aos 14m, 20m, 53m, 72m e 84m. A equipa que alinhou nesse dia foi a seguinte: Vítor Damas; Gabriel, Morato, Venâncio e Fernando Mendes; Litos, Sousa, Romeu e Mário Jorge; Manuel Fernandes e Jordão. Nessa época, o Sporting ficou em 3º lugar, com Fernando Mendes a somar 33 jogos no total de todas as competições.







Sporting 1986/87



Na época seguinte, voltou a ser aposta de Manuel José e chegou mesmo à selecção, tendo o seu ponto alto o jogo com o Barcelona. Vamos por partes. Na 1ª jornada do Campeonato, o Sporting recebeu e venceu o Chaves por 3-1 com golos de Manuel Fernandes aos 70m e 85m e Meade aos 35m. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Vítor Damas; Gabriel (Litos, 34m), Morato, Venâncio e Fernando Mendes; Virgílio (Oceano, 67m), Zinho, Negrete e Mário Jorge; Manuel Fernandes e Meade.
No dia 12 de Outubro chegou à selecção A, no empate caseiro 1-1 frente à Suécia. Jogou de início na equipa delineada por Ruy Seabra: Zé Beto; Veloso, Eduardo Luís, Dito e Fernando Mendes; Jaime, Nunes, Alberto, Shéu (Coelho, 62m) e Adão (Mário Jorge, 72m); Manuel Fernandes.
Finalmente, um dos seus melhores jogos. A 5 de Novembro, no dia do vigésimo aniversário de Fernando Mendes, o Sporting recebeu o Barcelona depois de ter perdido por 1-0 em Camp Nou. No dia anterior, Mendes disse a Manuel José que faria 2 cruzamentos para golo, sendo que o treinador lhe prometeu uma lagosta se tal acontecesse. Ora, aos 40m e 60m, Fernando Mendes arrancou 2 excelentes cruzamentos para a cabeça de Negrete e Meade, marcando estes os 2 golos. O pior aconteceu perto do fim: Fernando Mendes isola-se, tenta o chapéu e falha por pouco, logo a seguir o Barcelona acaba com o jogo ao marcar um golo. Comeu a lagosta, mas ficou com o travo amargo de falhar o golo que daria a qualificação ao Sporting. Deixou de ser opção com Keith Burkinshaw, perfazendo um total de 25 jogos em todas as competições.Na época seguinte, a mesma situação, só se estreando à 8ª jornada no Bessa (0-0). A equipa alinhou com: Rui Correia; João Luís, Duílio, Morato e Fernando Mendes; Sealy, Oceano, Litos e Mário Jorge; Silvinho e Paulinho Cascavel. No final contabilizou um total de 28 jogos com a conquista da Supertaça frente ao Benfica.








A época de 1988/89, foi a sua última no Sporting, saindo por divergências com a direcção. Fez um total de 27 jogos com 1 golo marcado, o seu único com a camisola do Sporting em jogos oficiais. Foi na 27ª jornada, de novo sob o comando de Manuel José, o treinador da sua vida, na vitória por 1-0 em casa do Fafe. O golo foi apontado aos 48m, sendo que foi substituído por lesão aos 75m. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Rodríguez; João Luís, Miguel, Morato e Fernando Mendes (Carlos Xavier, 75m); Oceano, Ricardo Rocha, Silas (Portela, 88m) e Carlos Manuel; Lima e Jorge Plácido.Rumou ao Benfica e fez apenas 5 jogos na sua primeira época. Eriksson não gostava dele e o sentimento tornou-se mútuo ao ponto de Fernando Mendes antes dos treinos pegar na sua pressão de ar e atirar umas chumbadas à porta do balneário do treinador sueco. Aliás, Mendes ficou marcado por um jogo na Luz onde foi completamente ridicularizado por Kostadinov, avançado do Porto. Na época seguinte, apenas 10 jogos, sendo emprestado ao Boavista em 1991/92, onde fez 32 jogos, voltando à Luz para jogar em apenas 13 jogos com 1 golo marcado. Saiu em 1993/94, para a Amadora, dizendo que estava arrependido de ter trocado o Sporting pelo Benfica.








Na Amadora, voltou aos velhos tempos, ao disputar 18 jogos, saindo para o Boavista na temporada seguinte para fazer 13 jogos apenas. Ainda na Amadora envolveu-se num caso de tribunal ao morder um bombeiro.
Em 1995/96 foi para o Belenenses disputar 31 jogos e 2 golos, não sendo, surpreendentemente, convocado para a selecção que disputou o Euro 96, tendo a sua última internacionalização frente à Grécia, antes do Europeu.
Transferiu-se para o Porto para fazer 3 épocas de grande nível, coroadas com 3 Campeonatos. Nesses 3 anos, fez 68 jogos e marcou 5 golos, tornando-se o melhor defesa esquerdo a actuar nessa altura em Portugal, mas sem nunca voltar à selecção.


Em 1999/00, vai para o Belenenses, para disputar 22 jogos e marcar 2 golos. Um desses golos foi na vitória na Luz, após a qual voltou a incendiar ânimos ao dizer que tinha prazer em ganhar a uma equipa foleira. No final da época ao não ser convocado por Humberto Coelho para o Euro 2000 volta a proferir declarações polémicas nas quais deixa transparecer a sua insatisfação pela não convocatória afirmando ser o melhor defesa esquerdo português.
Acabou a primeira parte da sua carreira em Setúbal onde fez duas épocas. Na primeira, disputou 29 jogos e marcou 10 (!) golos na Liga de Honra, para na segunda época, já na Primeira Liga disputar 22 jogos.Em 2004/05, resolveu voltar aos relvados (ou pelados) e foi para o “seu” Montijo, para passar as 3 épocas seguintes no São Marcos Ataboeira, onde foi colega de Pitico e Cadete. Agora está a jogar no Olímpico do Montijo. Há poucos dias, lançou o livro polémico “Jogo Sujo”, onde relata os casos de doping que viveu e presenciou. Um livro que vai dar que falar.




Carreira

1984/85: Sporting

1985/86: Sporting

1986/87: Sporting

1987/88: Sporting

1988/89: Sporting

1989/90: Benfica

1990/91: Benfica

1991/92: Boavista

1992/93: Benfica

1993/94: E. Amadora

1994/95: Boavista

1995/96: Belenenses

1996/97: FC Porto

1997/98: FC Porto

1998/99: FC Porto

1999/00: Belenenses

2000/01: V. Setúbal

2001/02: V. Setúbal

2004/05: Montijo

2005/06: São Marcos

2006/07: São Marcos

2007/08: São Marcos

2008/09: Olímpico Montijo

Carreira no Sporting*

1984/85: 1;- / -;- / -;-

1985/86: 23;- / 3;- / 7;-

1986/87: 21;- / 2;- / 2;-

1987/88: 26;- / 1;- / 1;-

1988/89: 23;1 / 1;- / 3;-

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)

Avaliação: Craque

sábado, 20 de junho de 2009

Nº36: António Luís Alves Ribeiro Oliveira


  • António Luís Alves Ribeiro Oliveira.
  • Médio Centro/Nº10.
  • Nasceu a 10 de Junho de 1952 em Penafiel.
  • Títulos no Sporting: 1 Campeonato Nacional (1981/82), 1 Taça de Portugal (1981/82) e 1 Supertaça (1982/83).
  • 24 Internacionalizações com 7 golos marcados.

O Oliveira foi um grande jogador que passou pelo Sporting no início dos anos 80, um dos melhores nº 10 do futebol português que juntou a sua magia a uma grande quantidade de golos de leão ao peito.
Estratega rápido, goleador e de passe fácil, Oliveira deixou saudades entre sportinguistas, portistas e penafidelenses, ao ponto de Pedroto o ter classificado como um dos melhores jogadores de todos os tempos. Hoje em dia, depois de ter saído da presidência do Penafiel estuda Direito no Porto.




Começou a sua carreira no FC Porto, ao entrar para as camadas jovens. Com apenas 17 anos começou a treinar com a equipa principal e faria o primeiro jogo no final da época 1970/71.
Na época seguinte, faria 15 jogos de dragão ao peito, conquistando a confiança plena na época que se seguiu, a de 1972/73 ao jogar em 21 jogos e marcar 3 golos. Em 1973/74, marcou 2 golos em 23 jogos e chegou à selecção nacional. Isso fez com que em 1974/75, explodisse definitivamente ao concretizar 12 golos em 23 jogos, número apesar de tudo impressionante. Em 1975/76, marcou 7 golos em 18 jogos, continuando sem ganhar títulos.
Seria na época seguinte que apareceria o primeiro título de Oliveira, a Taça de Portugal ganha ao Sporting Braga por 1-0 com golo de Gomes. Nesse dia, o FC Porto de José Maria Pedroto, um dos melhores treinadores de sempre do futebol português, alinhou com: Joaquim Torres; Gabriel, Simões, Freitas e Alfredo Murça; Octávio Machado, Taí, Rodolfo, Oliveira e Duda; Gomes. No decorrer do jogo ainda entrou Seninho. No Campeonato, 3º lugar e Oliveira realizou 28 jogos, marcando 11 golos.




Finalmente, na época seguinte, o FC Porto ganharia o Campeonato após um jejum de 19 anos. José Maria Pedroto entregou a manobra da equipa a um Oliveira em grande forma que marcou 19 golos em 30 jogos e venceu o prémio de jogador do ano. Em 1978/79, novo título, com Oliveira a marcar 16 golos em 28 jogos.
Na época seguinte, foi contratado pelo Bétis, onde não foi feliz ao marcar 1 golo em apenas 10 jogos, pelo que em Janeiro voltou ao Porto para marcar 1 golo em 12 jogos.




Em 1980, no meio de disputas entre Pinto da Costa e Américo de Sá, então presidente do Porto, aquele e Pedroto abandonam a equipa para onde eventualmente voltam. Quanto a Oliveira, vai para a sua terra natal onde se torna jogador-treinador do Penafiel, alcançando 10 golos em 22 jogos, guiando a equipa ao 10º lugar no Campeonato. É em 1981, que marca o primeiro golo pela selecção no empate 1-1 com a Bulgária. Todos os restantes golos pela selecção seriam alcançados ao serviço já do Sporting.
Na época de 1981/82, uma das mais vitoriosas de sempre do Sporting, com a dobradinha, chega Oliveira para formar um tridente atacante de luxo com Jordão e Manuel Fernandes. Chegou inclusive a ser considerado jogador do ano e marcou um total de 22 golos em 34 jogos de todas as competições. Fez a sua estreia na 1ª jornada do Campeonato, em Alvalade, frente ao Belenenses. O Sporting orientado por Malcolm Allison, apesar do empate a 2 golos, fez uma excelente exibição, aliás apanágio para o resto da época. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Meszaros; Carlos Xavier, Eurico, Zezinho e Inácio; Ademar, Oliveira e Virgílio; Manuel Fernandes, Jordão e Carlos Freire. Os golos seriam marcados por Jordão aos 42m e 87m, que seria, aliás, o melhor marcador do Sporting nessa época.
Foi também a época em que o Sporting se tornou a primeira equipa portuguesa a vencer um jogo em Inglaterra. Foi em Southampton, por 4-2 com golos de Jordão aos 2m, Manuel Fernandes aos 42m e 88m e auto-golo de Holmes aos 21m. A propósito desse jogo, Malcolm Allison conta uma história curiosa. Antes do jogo ter início disse a Oliveira que iria começar o jogo a defesa direito, porque o lado esquerdo dos ingleses era fraco e podia fazer uso da técnica para romper e conseguir um golo cedo. Oliveira, ficou insatisfeito, mas cumpriu a ordem e logo aos 2m, arrancou pela direita, passou pelo lado esquerdo inglês e assistiu Jordão para o golo. Virou-se para o banco e gritou “tinha razão, mister”. Allison limitou-se a sorrir e a mandá-lo de volta para a sua posição original. Ainda nesse jogo, o treinador do Southampton disse: “Como Oliveira não há em Inglaterra! É um fabuloso jogador!”Na final da Taça, marcaria 2 golos na vitória por 4-0 sobre o Braga.




Na época seguinte, após um conturbado estágio na Bulgária que acabaria com o despedimento de Allison, Oliveira foi promovido a jogador-treinador, vencendo a Supertaça.
Nessa época, voltou a vencer o prémio de jogador do ano e num total de 31 jogos, marcou 15 golos. Não se podia passar por esta época sem contar o conto de fadas de Oliveira.
No dia 29 de Setembro de 1982, o Sporting jogava a 2ª Mão da Taça dos Campeões Europeus frente ao Dínamo Zagreb, sendo que tinha perdido 1-0 na 1ª Mão. Aos 30m, Oliveira abre o livro. Num espaço muito reduzido, faz uma finta, um rodopio, mudança de pé, remate e golo, para seis minutos depois fazer o segundo golo. Aos 65m, simula um cruzamento e leva a bola a entrar junto ao ângulo, fazendo com que o Estádio de Alvalade quase viesse abaixo. Aos 89m, substituiu-se ouvindo ovação de pé. No final, recebeu a notícia que o seu pai estava à beira da morte, o que veio a ocorrer 15 dias depois, ao contrário do que dizem, ou seja, que o pai de Oliveira faleceu durante o jogo.




Na época seguinte já não era o mesmo. Apenas 3 golos num total de 18 jogos em todas as competições. Esses golos foram na Taça UEFA frente ao Sevilha e no Campeonato frente ao Salgueiros e Farense.
Em 1984/85, a sua última época no Sporting, sofreu uma lesão nos pés que o impediu de estar ao seu nível, disputando um total de 10 jogos em todas as competições com apenas 3 golos marcados. Esses golos foram todos no Campeonato, frente ao Braga na vitória por 8-1, onde marcou 2 golos e frente ao Rio Ave. O seu último jogo pelo Sporting foi a 30 de Dezembro de 1984, frente ao Vitória Setúbal, que o Sporting ganhou por 4-0 com golos de Litos aos 42m, Jordão aos 56m, Eldon aos 80m e António Sousa aos 88m. Oliveira sairia lesionado logo aos 15m, sendo que o Sporting orientado por John Toshack, alinhou da seguinte maneira: Kátzirz; Morato, Gabriel e Carlos Xavier; Oceano, Litos (Kostov, 62m), António Sousa, Oliveira (Eldon, 15m) e Mário Jorge; Manuel Fernandes e Jordão.
Em 1985/86, fez a última época da carreira ao serviço do Marítimo jogando apenas em 7 jogos, todos como suplente utilizado, no 12º lugar da equipa madeirense no Campeonato. António Oliveira, prosseguiu depois carreira de treinador que será relembrada aquando do post sobre o Oliveira treinador. Foi presidente do Penafiel e agora estuda Direito no Porto. É irmão de Joaquim Oliveira da Olivedesportos.




Carreira

1970/71: FC Porto

1971/72: FC Porto

1972/73: FC Porto

1973/74: FC Porto

1974/75: FC Porto

1975/76: FC Porto

1976/77: FC Porto

1977/78: FC Porto

1978/79: FC Porto

1979/80: Bétis
FC Porto

1980/81: Penafiel

1981/82: Sporting

1982/83: Sporting

1983/84: Sporting

1984/85: Sporting

1985/86: Marítimo

Carreira no Sporting*

1981/82: 24;12 / 4;6 / 4;6

1982/83: 22;10 / 3;2 / 6;3

1983/84: 12;2 / 2;- / 4;1

1984/85: 9;3 / 1;- / -;-

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)

Avaliação: Craque

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Nº35: Ricardo Roberto Barreto da Rocha


  • Ricardo Roberto Barreto da Rocha.
  • Defesa Central.
  • Nasceu a 11 de Setembro de 1962 no Recife (Brasil).
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.
  • 42 Internacionalizações pelo Brasil.

O Ricardo Rocha foi um central brasileiro que passou pouco tempo no Sporting, por vir em trânsito para Madrid, mas que nesse pouco tempo demonstrou toda a sua qualidade. Jogador que fazia da marcação forte e da sua grande capacidade de liderança as suas forças, acabou por deixar saudades. De referir que era apelidado de Xerife, devido à já referida capacidade de liderança.






Começou a sua carreira profissional no Santo Amaro e, em 1983 mudou-se para o Santa Cruz onde ficou 2 anos e ganhou o Campeonato Pernambucano. Aí ainda actuava a defesa direito. Daí passou para o Guarani onde se tornou o Xerife do centro da defesa. Fez 62 jogos e marcou 1 golo em 3 anos e meio, chegando à selecção brasileira onde se estreou em 1987.
Foi a 19 de Maio em Wembley, no empate 1-1 com a Inglaterra. O Brasil de Carlos Alberto Silva alinhou com: Carlos; Josimar, Geraldão, Ricardo Rocha e Nelsinho; Douglas, Silas (Dunga, 82m), Edu Marangon (Raí, 82m) e Mirandinha; Valdo e Muller. O golo seria marcado por Mirandinha aos 36m, logo depois do golo de Lineker aos 35m. Destaque nesta equipa para Carlos Alberto Silva que viria a treinar o Porto e o Santa Clara, Geraldão que jogaria no Porto, Valdo que jogaria no Benfica e 3 futuros jogadores do Sporting: Ricardo Rocha, Douglas e Silas. Referir que em 1986, Ricardo ganhou a bola de prata brasileira atribuída pela revista Placar.




Em 1988, estávamos em pleno reinado de Jorge Gonçalves que construiu uma excelente equipa, mas sem pagar ordenados, o que é bastante engraçado. Essa história todos sabemos como acaba. No mercado de Inverno, chega Ricardo Rocha para reforçar a defesa leonina. Contudo, acaba por nunca jogar com Pedro Rocha, sendo preciso chegar o primeiro jogo de Vítor Damas à frente da equipa para que Ricardo se estreie. Foi no jogo a contar para a 24ª jornada do Campeonato, em Alvalade, com o Sporting a golear o Nacional (4-0), com golos de Paulinho Cascavel aos 11m, 76m e 90m e de Forbs aos 56m. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Vital; João Luís Barbosa, Ricardo Rocha (Jorge Portela, 81m), Morato e Fernando Mendes; Carlos Manuel, Oceano e Douglas; Forbs, Paulinho Cascavel e Jorge Plácido (José Lima, 72m).
Jogaria um total de 10 jogos no Campeonato e 2 na Taça com 1 golo marcado. Foi na 35ª jornada, na vitória em Alvalade por 1-0 frente ao Farense, aos 80m. Manuel José fez alinhar a seguinte equipa: Vital; João Luís Barbosa, Miguel, Ricardo Rocha e Oceano; Douglas (Litos, 70m), Carlos Manuel e Silas; Forbs, Paulinho Cascavel e José Lima (João Luís Esteves, 45m). Iria despedir-se na Luz com uma derrota (2-0).




Supostamente, no final do empréstimo iria rumar a Madrid, mas afinal foi para o São Paulo, onde em 3 anos fez uma quantidade apreciável de jogos, vencendo um Estadual e um Campeonato Brasileiro. Foi ainda galardoado com a Bola de Prata da Revista Placar por 2 vezes e foi convocado para o Mundial de 1990 e Copa América de 1991.Finalmente, em 1991, ruma a Madrid para jogar no Real Madrid. Ganha apenas uma Taça e uma Supertaça, mas impressiona. Na primeira época joga em 36 jogos e na segunda joga em 31.


Regressa ao Brasil para ganhar mais uma Bola de Prata em 1993, ao serviço do Santos. Jogou 15 jogos de Julho a Novembro.
Na época seguinte, vai para o Vasco da Gama onde vence um Estadual e a Bola de Ouro da Placar. Em 2 anos joga 32 jogos e marca 2 golos, mas o ponto alto da sua carreira seria o Verão de 1994, com a convocatória e vitória no Mundial. Jogou apenas 1 jogo, contra a Rússia, que a selecção venceria por 2-0 com golos de Romário aos 26m e Raí aos 53m. O Brasil alinhou com: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha (Aldaír, 74m), Márcio Santos e Leonardo; Zinho, Mauro Silva, Dunga (Mazinho, 80m) e Raí; Bebeto e Romário.




Em 1996, vai para o Fluminense para jogar apenas 5 jogos e logo de seguida emigra para a Argentina. No Newell’s Old Boys marcou 5 golos em 36 jogos. A última época da sua carreira foi em 1998, com 1 jogo apenas pelo Flamengo. Depois disso, o Xerife encerrava a carreira.


Carreira

1982: Santo Amaro

1983: Santa Cruz

1984: Santa Cruz

1985: Guarani

1986: Guarani

1987: Guarani

1988/89: Guarani
Sporting

1989: São Paulo

1990: São Paulo

1991/92: São Paulo
Real Madrid

1992/93: Real Madrid
Santos

1994: Vasco da Gama

1995: Vasco da Gama

1996: Fluminense

1997/98: Newell's
Flamengo

Carreira no Sporting*

1988/89: 10;1 / 2;- / -;-
(Desde Janeiro)

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)

Avaliação: Craque