sábado, 30 de janeiro de 2010

Nº56: Jorge Paulo Cadete dos Santos Reis


  • Jorge Paulo Cadete dos Santos Reis.
  • Avançado.
  • Nasceu a 27 de Agosto de 1968 em Porto Amélia (Moçambique).
  • Títulos no Sporting: 1 Taça Portugal (1994/95) e 2 Supertaça (1987/88 e 1995/96).
  • 33 Internacionalizações com 5 golos marcados.



Este post é especial para mim, pois trata-se de Jorge Cadete, o meu ídolo de infância, um dos melhores avançados portugueses da década de 90. Naquela altura, para mim, Balakov era o melhor jogador da equipa, mas no recreio eu queria era ser o Cadete, o que marcava os golos, o que dava tudo o que tinha por esta camisola verde e branca que é sagrada para mim (e para ele). Era um avançado batalhador, que nunca dava uma bola por perdida, raçudo, um grande capitão do Sporting. Destacava-se também pela sua enorme agressividade, grande velocidade e um excelente cabeceamento e tempo de salto. Acabou por ser uma estrela no Sporting e no Celtic não vingando nos outros clubes por onde passou, especialmente no Benfica para onde se arrepende de ter ido e de lá ter dito uma ou duas coisas. É sportinguista de coração e por ele tinha ficado para sempre no Sporting, mas foi empurrado para fora do clube por algumas pessoas, com destaque para o adjunto Queiroz (deve ser daí que vem a minha antipatia por tal pessoa), falando-se neste momento num possível regresso a casa. Agora que fiz a maior introdução de sempre a um jogador deste blog passemos à sua carreira.



Começou a sua carreira no clube da terra, o Académico de Santarém até ser levado para Alvalade, depois de ter marcado uns incríveis 43 golos em 18 jogos. Aí fez a etapa de juvenis e juniores, sendo internacional pelas camadas jovens portuguesas por 10 ocasiões.
Chegou à equipa principal leonina na época de 1986/87, estreando-se logo na 1ª jornada, pela mão de Keith Burkinshaw, numa vitória por 4-1 frente ao Rio Ave. Entrou aos 80m para o lugar de Marlon. A sua estreia a titular foi na 3ª jornada, jogando a extremo esquerdo na vitória do Sporting por 2-0 frente ao Farense, com golos de Venâncio aos 43m e Paulinho Cascavel aos 51m. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Rui Correia; João Luís, Venâncio, Duílio e Vítor Santos; Marlon, Oceano, Mário e Cadete (Carlos Xavier, 73m); Paulinho Cascavel e Silvinho. Até final da época jogaria em mais 6 jogos contando com todas as competições. Em 1988/89, foi emprestado ao V. Setúbal onde jogou com Jordão, sendo importante esta sua etapa de aprendizagem. Foi utilizado em 29 jogos e marcou 8 golos no excelente 5º lugar da equipa treinada por Manuel Fernandes.



Regressa a casa para a época de 1989/90. Ao princípio é pouco utilizado por Manuel José, mas é ainda com este treinador ao comando da equipa que marca o seu primeiro golo em jogos oficiais com a camisola do Sporting. Foi no dia 3 de Dezembro de 1989, em Santa Maria da Feira numa difícil vitória do Sporting por 2-1, com golos de Gomes aos 6m e Cadete aos 60m. Nesse dia, o Sporting apresentou a seguinte equipa: Ivkovic; João Luís, Luisinho, Venâncio e Leal; Carlos Manuel, Valtinho, Douglas e Marlon; Gomes (Filipe, 88m) e Cadete (Edel, 89m).
A época acabou por não correr bem em termos colectivos, mas Cadete fazia ao lado de Gomes um aperfeiçoamento das suas capacidades. Jogou um total de 30 jogos com 7 golos marcados, todos eles no Campeonato, conseguindo algumas assistências.



Estreia-se pela selecção nacional no dia 29 de Agosto de 1990, pela mão de Carlos Queiroz frente à RFA e inicia a época com a moral em alta, pronto a explodir em definitivo.
De facto, explodiu. Em termos de golos apenas marcou 10, 1 na Taça de Portugal frente ao Peniche, 3 no Campeonato e 6 na Taça UEFA, na brilhante campanha da equipa leonina, conseguindo imensas assistências para Gomes marcar os 29 golos dessa época.
A sua estreia a marcar foi frente ao Boavista para o Campeonato, na 4ª jornada, marcando os seus outros 2 golos no Campeonato frente ao E. Amadora e ao U. Madeira. Na Taça UEFA marcou o seu primeiro golo ao Malines de Michel Preud’Homme, marcando mais um golo na 2ª Mão. Na eliminatória seguinte entra para a história do Sporting ao apontar 3 golos na goleada de 7-0 frente ao Timisoara, tornando-se num dos 11 jogadores leoninos que conseguiram fazer um hat-trick nas competições europeias (à data foi o 8º a consegui-lo; depois dele só Pedro Barbosa, Jardel e Liedson por duas vezes é que igualaram o feito. Depois só volta a fazer o gosto ao pé nos quartos de final frente ao Bolonha. Aliás, é nessa época que dá um grande contributo para ser o 6º melhor em termos de média de golos nas competições europeias com meio golo por jogo.
É nessa época, também, que se estreia a marcar pela selecção no jogo frente a Malta (marca o 4-0, sendo que o jogo acabou 5-0), jogo esse que foi o último de Artur Jorge ao comando da selecção.



Em 1991/92, com a saída de Gomes, torna-se o ponta de lança de referência. Tem a sua época mais produtiva com um total de 26 golos em 38 jogos. Estreia-se a marcar logo à 2ª jornada frente ao Famalicão e a 22 de Fevereiro entra para a história do Sporting, novamente, ao marcar, já como capitão de equipa, 4 golos na goleada por 5-1 na Madeira frente ao União. A equipa desse dia foi a seguinte: Ivkovic; Marinho (Litos, 9m), Luisinho, Leal e Paulo Torres; Figo, Douglas, Peixe e Balakov; Cadete e Iordanov (Filipe, 70m) e os golos surgiram aos 51m, 63m, 67m e 85m com Douglas a fechar as contas aos 88m. Os 25 golos no Campeonato não chegaram para ser o melhor marcador já que Ricky marcou 30 golos.
Foi nesta época que deu início a 91 jogos consecutivos de leão ao peito, marca que é a 6ª melhor até hoje.



Na época seguinte, ganha o prémio de melhor marcador do Campeonato com 17 golos. De resto, marca um total de 22 golos em 41 jogos realizados. Esse prémio venceu-o na última jornada, ao marcar 1 golo ao Paços Ferreira. Bobby Robson colocou a seguinte equipa a jogar nesse jogo: Rogério; Nélson, Peixe, Carlos Jorge e Paulo Torres; Capucho, Filipe, Porfírio (Balakov, 45m) e Figo (Iordanov, 57m); Cadete e Juskowiak. É essa a sua melhor época em termos de golos pela selecção, já que marca 3 golos frente a Escócia e Malta, em jogos seguidos.



Excelente equipa do Sporting em 1993/94.
Em cima, da esquerda para a direita: Lemajic, Peixe, Valckx, Cherbakov, Pacheco e Paulo Sousa.
Em baixo, pela mesma ordem: Cadete, Paulo Torres, Nélson, Figo e Balakov.


Em 1993/94 fez a sua última época a sério no Sporting. Realizou um total de 36 jogos e marcou 15 golos. Marcou o primeiro golo da época frente ao Salgueiros, voltando a concretizar ao longo do Campeonato. Foi dele o primeiro golo na derrota por 6-3 frente ao Benfica que deixou o Sporting praticamente arredado do título. Nessa época cortou a sua famosa cabeleira.
Na época seguinte, curiosamente Queiroz começa a deixar Cadete de fora, especialmente depois do jogo da 2ª Mão frente ao Real Madrid, relembre-se que nesse jogo Juskowiak atirou ao poste e a bola esteve a dançar em frente à linha de golo. Fez apenas 3 jogos, sendo emprestado ao Brescia. Por curiosidade há que referir que na história do Sporting, Cadete foi o 6º jogador a ser transferido para o estrangeiro, depois de Carlos Gomes, Damas, Oceano, Carlos Xavier e Paulo Sousa.
Em Itália, realiza 13 jogos e marca 1 golo.



Em 1995/96, regressa ao Sporting, mas Queiroz volta a deixá-lo de parte (bastante palavrão ouviu este senhor). Faz apenas 4 jogos (como se houvesse melhor avançado no Sporting), sendo que o seu último jogo foi a 8 de Novembro frente ao Tirsense quando entrou aos 65m para o lugar de Paulo Alves.
No dia 15 do mesmo mês, carimba o apuramento português para o Euro 96 ao fazer o 3-0 frente à Irlanda. Depois, a história é conhecida: Queiroz tinha em Cadete o único ponta de lança de raiz disponível para o jogo em Guimarães e diz-lhe que vai ficar no banco, este não aguenta mais e rescinde contrato com o Sporting seguindo para a Escócia para representar o Celtic. Chega e marca logo no jogo de estreia, ao todo foram 5 golos em 6 jogos.
É convocado para o Euro 96 por António Oliveira e faz 2 jogos como suplente utilizado, falhando um cabeceamento mesmo no fim no jogo que ditou a eliminação lusa.



No Celtic, vive uma época de 1996/97 assombrosa, ao tornar-se o primeiro português a ser o melhor marcador num campeonato estrangeiro. Realizou 31 jogos e marcou 25 golos, marcando mais 13 golos noutras competições, formando com Di Canio e Van Hooijdonk os “three amigos”. Recebeu o apelido de Goal Machine e foi presenteado com a conhecida música que lhe dava pele de galinha: There’s only one Jorge Cadete, he puts the ball in the net, he’s portuguese and he scores with ease, walking in Cadete wonderland.
Queixa-se do frio e da comida e é vendido ao Celta de Vigo, onde na primeira época faz 7 golos em 29 jogos, realizando o último jogo pela selecção nacional, frente à Inglaterra.
Em 1998/99, marca 1 golo em 7 jogos e transfere-se no Mercado de Inverno para o Benfica, ganhando a antipatia de muitos adeptos leoninos que o idolatravam. Estreia-se frente ao Sporting, em Alvalade, no jogo dos 2 auto-golos de Beto e reclama a sua autoria. Acaba por marcar 3 golos em 16 jogos, estreando-se a marcar frente ao Rio Ave, marcando o último golo frente ao Chaves.



Na nova época faz apenas 3 jogos e ruma novamente a Inglaterra para representar o Bradford sem sucesso, realizando 7 jogos.
Em 2000/01, assina pelo Estrela da Amadora, onde faz 21 jogos sem marcar. Marca 2 golos em 7 jogos na temporada seguinte e sai para o desemprego. É nesta altura que participa no Big Brother Famosos e conhece Nicole com quem vive cerca de 4 anos.
Em 2003/04, vai fazer uma experiência à Escócia, ficando no Partick Thistle, marcando apenas 1 golo em 8 jogos. Já em declínio na carreira, assina pelo Pinhalnovense, onde marca 2 golos em 5 jogos.
Finalmente em 2005/06, vai para os distritais jogar no São Marcos da Ataboeira com Pitico e Fernando Mendes, encerrando no final da época a carreira em definitivo.
Daí para cá abriu uma escola de futebol e tem sido presença notada em diversos eventos sociais e do Sporting, falou-se num envolvimento com a Miss Playboy Sara Santos, podendo regressar ao Sporting para relações públicas num futuro próximo.
Para acabar, faço uma citação de uma frase que li do Cadete com a qual concordo: “Poderá haver jogadores com algumas das minhas características, mas seguramente – sem vaidades – não vejo, nem nunca vi um jogador que reunisse as minhas qualidades em termos de agressividade, tempo de salto, velocidade e cabeceamento”.


Carreira

1987/88: Sporting

1988/89: V. Setúbal

1990/91: Sporting

1991/92: Sporting

1992/93: Sporting

1993/94: Sporting

1994/95: Sporting
Brescia

1995/96: Sporting
Celtic

1996/97: Celtic

1997/98: Celta

1998/99: Celta
Benfica

1999/00: Benfica
Bradford

2000/01: E. Amadora

2001/02: E. Amadora

2002/03: Sem Clube

2003/04: Partick Thistle

2004/05: Pinhalnovense

2005/06: São Marcos

Carreira no Sporting*

1987/88: 6;- / 1;- / 1;-

1989/90: 29;7 / 1;- / -;-

1990/91: 30;3 / 3;1 / 10;6

1991/92: 34;25 / 2;1 / 2;-

1992/93: 34;17 / 5;4 / 2;1

1993/94: 26;10 / 4;1 / 6;4

1994/95: 2;- / -;- / 1;-
(Até Outubro)

1995/96: 3;- / -;- / -;-
(Até Dezembro)

*Época: Campeonato (J;G) / Taça (J;G) / Europa (J;G)

Avaliação: Craque

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

5º Treinador: Carlos Manuel Correia dos Santos


  • Carlos Manuel Correia dos Santos.
  • Nasceu a 15 de Janeiro de 1958 na Moita.
  • No Sporting durante: 5 meses.
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.



Este deve ser até agora o post mais difícil de fazer. Não por falta de informação, mas por ser sobre o Carlos Manuel, enquanto treinador do Sporting. Como jogador, tanto no Benfica como no Sporting foi um grande craque, mas como treinador do Sporting é com muita pena que o tenho que considerar flop. O Carlão não merece, ele que até é sportinguista de coração, mas figura do Benfica, contudo, como acontece para todos os treinadores, os resultados falam por si. No Sporting apanhou uma equipa em cacos e não foi capaz de inverter o rumo (também não o deixaram), sendo que no saldo final, os jogos sem ganhar foram superiores aos jogos com vitórias. Alguns resultados fantásticos, mas outros maus, fazem com que tenha que o considerar flop enquanto treinador do Sporting.
Futuramente, haverá o post sobre o jogador, aí sim um enorme craque. Este resume-se à carreira de treinador, apenas com registo dos clubes por onde passou enquanto jogador.




Nascido na Moita, começou a jogar na CUF, passando depois para o Barreirense. Daí foi um passo até chegar ao Benfica onde se tornou uma estrela, um ídolo do 3º anel da velha Luz. Tornou-se ídolo também na selecção, onde marcou grandes e importantes golos.
Depois do caso Saltillo, ficou marcado também no Benfica onde Gaspar Ramos o empurrou para fora para a Suíça onde jogou no Sion. Volta a Portugal para jogar no Sporting nuns anos conturbados e depois sai para ainda jogar no Boavista e Estoril. É este o resumo muito pequeno da sua carreira de jogador, pois foi aqui no Estoril que teve a primeira experiência como treinador.
Na época de 1993/94, a equipa já estava despromovida e Fernando Santos foi despedido. Na última jornada, Carlos Manuel foi treinador-jogador e conseguiu a vitória nesse jogo.
Na época seguinte ficou à frente da equipa. O Estoril não conseguiu o tão desejado regresso à principal divisão do futebol português, quedando-se pelo 5º posto atrás do Paços Ferreira e dos promovidos Leça, Campomaiorense e Felgueiras.
Em 1995/96, contava-se com um Estoril novamente a lutar pela promoção, mas tal não aconteceu. De facto, a equipa ficou em 12º lugar, contando ainda assim com um Pauleta muito acertado, já que o açoriano marcou 18 golos nessa época.
Para a época de 1996/97, Carlos Manuel foi contratado pelo Salgueiros para conseguir a manutenção. Não só a conseguiu, como o fez com brilhantismo ao levar a equipa ao 6º lugar a 1 ponto da Europa. Para isso montou um colectivo muito forte que fez do Vidal Pinheiro um reduto quase inexpugnável.
Na época seguinte, começou bem e em 14 jogos conseguiu 5 vitórias, 6 empates e apenas 3 derrotas. Não acabou a época, pois o Sporting numa época horrível resolveu contratar o treinador da moda e Carlão não resistiu. Foi apresentado em Dezembro e logo disse que estava no seu clube do coração.



Estreou-se num empate sem golos em casa do Rio Ave. O Sporting alinhou nesse dia com: De Wilde; Luís Miguel (Lang, 77m), Beto, Marco Aurélio e Quim Berto; Simão, Oceano, Vidigal, Afonso Martins e Pedro Barbosa; Giménez (Iordanov, 66m).
Em 20 jogos, Carlos Manuel conseguiu 9 vitórias, 6 empates e 5 derrotas. Dois jogos foram marcantes na sua “gerência”. O primeiro, foi a derrota caseira por 4-1 frente ao Benfica numa noite horrível de Marco Aurélio.
O segundo jogo, foi um jogo em que Carlão foi à loucura no banco com a fantástica reviravolta do Sporting em Campomaior. O Sporting perdia por 3-1 ao intervalo e no final o marcador registava um 5-3 favorável ao Sporting. Nesse dia, a equipa foi a seguinte: Tiago; Quim Berto, Renato, Marco Aurélio (Pedro Martins, 66m) e Nuno Valente; Pedro Barbosa (Ramírez, 45m), Oceano, Vidigal, Afonso Martins (Ivo Damas, 45m) e Edmilson; Paulo Alves. Os golos do Sporting foram marcados por Paulo Alves aos 16m, 79m e 88m, Oceano aos 70m e Edmilson aos 86m.
Fechou a época com uma derrota em Braga e alertou para a necessidade de uma limpeza de balneário, a começar pelo capitão Oceano. Diz-se que este influenciou a direcção a prescindir de Carlos Manuel, mas curiosamente também acabou dispensado.
Carlos Manuel saiu então e ficou à espera de clube. Essa oportunidade surgiu quando Vítor Oliveira foi despedido do Braga, mas com 18 pontos em 16 jogos foi despedido para entrar Manuel Cajuda.
Foi para o Campomaiorense, onde conseguiu a manutenção ao ficar no 13º lugar o que lhe valeu a renovação do contrato para 2000/01. Acabou despedido e rumou ao Santa Clara para o lugar de Manuel Fernandes.



Conhecido nos Açores pelos chupa-chupas que comia durante os jogos, ao ponto de sempre que chegava ao banco, o público oferecia-os, conseguiu vencer a Liga de Honra e deste modo fazer regressar os açorianos à 1ª Liga.
Foi despedido ao fim de 7 jogos quando a equipa até estava bem classificada para regressar Manuel Fernandes. Sem parar, foi para o Salgueiros, onde não conseguiu a manutenção. Permaneceu em Vidal Pinheiro, mas foi despedido depois de se afastar da zona de promoção.
Fez uma pausa e tornou-se comentador da Sport TV, fazendo parte da época 2004/05 no Olivais e Moscavide.
Só regressou em 2007/08, para treinar o Atlético que deixou em 3º lugar da Série D da 2ª Divisão.
Em 2008/09, entrou a meio da época para o Oriental, fazendo a equipa subir do último lugar ao 7º. Esta época é o treinador do Oriental, sendo que até ao momento a equipa está no 5º lugar da Zona Sul da 2ª Divisão.


Carreira como Treinador

1993/94: Estoril

1994/95: Estoril

1995/96: Estoril

1996/97: Salgueiros

1997/98: Salgueiros
Sporting

1998/99: Sporting Braga

1999/00: Campomaiorense

2000/01: Campomaiorense
Santa Clara

2001/02: Santa Clara
Salgueiros

2002/03: Salgueiros

2004/05: O. Moscavide

2007/08: Atlético

2008/09: Oriental

2009/10: Oriental

Carreira no Sporting

1997/98: 4ª Lugar
(Desde Janeiro)

Avaliação: Flop

domingo, 10 de janeiro de 2010

Nº55: Artur Manuel Soares Correia


  • Artur Manuel Soares Correia.
  • Defesa Direito.
  • Nasceu a 18 de Abril de 1950 em Lisboa.
  • Títulos no Sporting: 1 Campeonato Nacional (1979/80) e 1 Taça de Portugal (1977/78).
  • 35 Internacionalizações com 1 golo marcado.



Artur, o Ruço, foi um fantástico defesa direito que passou pelo Sporting no final dos anos 70, depois de quase toda uma carreira no Benfica. Eleito por Stefan Kovacs como o melhor lateral direito da Europa, Artur destacava-se pela sua rapidez a atacar, fazendo todo o flanco, pela grande raça e força a defender e pela sua grande inteligência em campo. Era um enorme benfiquista de coração, mas isso não o impediu de defender a camisola do Sporting com o mesmo profissionalismo e o mesmo empenho, não importando que ao intervalo perguntasse sempre o resultado do “seu” Benfica. Acabou a carreira cedo demais devido a problemas de saúde.



Nascido em Lisboa, começou a jogar futebol nas camadas jovens do Futebol Benfica, o famoso Fofó, de onde transitou para o Benfica, sendo campeão logo no seu primeiro ano nas camadas jovens do clube da Luz. Foi escolhido por Otto Glória para fazer parte do plantel principal, mas decidiu perseguir o sonho de ser médico, portanto mudou-se para Coimbra, onde começou a jogar na Académica.
Em 1969/70, fez 21 jogos e marcou 1 golo no 10º lugar da equipa. Na época seguinte, realizou 26 jogos e marcou 1 golo no excelente 5º lugar da equipa treinada por Juca.



Regressou ao Benfica na época seguinte, para ser campeão, sob o comando de Jimmy Hagan. Estreou-se numa vitória por 3-1 nas Antas e até final da época realizou 27 jogos e marcou 1 golo. Esse golo foi no final do Campeonato numa vitória por 5-2 em Faro. Pode-se dizer, portanto, que pegou de estaca obrigando o dono do lugar (Adolfo) a derivar para o lado esquerdo.
Foi também no final dessa época que se estreou na selecção nacional, pela mão de José Augusto, num encontro em Chipre que Portugal venceu por 1-0 com golo de Chico Faria.
Na época seguinte, faria 8 jogos apenas mas seria campeão numa época fantástica do Benfica. Por esta altura teve lugar a Minicopa no Brasil em que Portugal chegou à final perdida para os anfitriões. Na retina ficaram as excelentes exibições da selecção e de Artur, apontado como um dos destaques.



Em 1973/74, voltaria a jogar mais, completando 24 jogos com 1 golo marcado. Na época seguinte, fez 26 jogos e marcou 1 golo, vencendo novamente o Campeonato sob o comando de Pavic. Esse golo foi o último pelo Benfica e aconteceu na Luz frente ao Leixões.
Em 1975/76, realizou 25 jogos e foi novamente campeão, desta vez com Mário Wilson ao leme da equipa. Na época seguinte, realizou apenas 13 jogos sofrendo uma pleurisia pelo que o Benfica não lhe renovou o contrato.



Saiu com lágrimas nos olhos do seu clube do coração e ingressou no grande rival, o Sporting. Obviamente pegou logo de estaca e quis o destino que a sua estreia fosse na 1ª jornada do Campeonato frente ao “seu” Benfica. O jogo ficou empatado 1-1, com o golo do Sporting a ser apontado por Fraguito aos 20m. O Sporting de Paulo Emílio alinhou com: Valter Onofre; Artur, Laranjeira, Manaca e Da Costa (Inácio, 55m); Vítor Gomes, Fraguito e Baltasar; Manuel Fernandes, Jordão e Keita (Carlos Freire, 83m).
Nessa época alinhou num total de 34 jogos, vencendo a Taça de Portugal. A propósito, nessa época, o Artur conta um episódio curioso. O treinador Paulo Emílio (que seria despedido em Dezembro) levou a esposa para conhecer o Norte aquando do jogo com o Riopele. Não apareceu no jogo e o Artur é que orientou a equipa na vitória por 4-2. Na Madeira, o treinador repetiu a graça e foi despedido.


Equipa 1978/79

Na época seguinte, fez um total de 29 jogos. A sua estreia foi numa derrota no Bessa em que o Sporting treinado por Pavic jogou com: Botelho; Artur, Laranjeira, Meneses e Inácio; Marinho, Zezinho (Barão, 45m) e Aílton; Vítor Manuel, Manuel Fernandes e Manoel.
No Verão foi para os EUA jogar no New England Tea Men onde realizou 23 jogos antes de regressar no Inverno ao Sporting para ser campeão. Jogou apenas 14 jogos.
Um outro episódio curioso marcou esta época. Num jogo em que o Sporting estava a ser roubado, Artur chamou o árbitro de lampião. Este não esteve com meias medidas e disse “tu também és” ao que Artur, bem ao seu jeito, responde: “Pois, mas ao menos tento disfarçar”.


Selecção Nacional 1978/79.
Em cima da esquerda para a direita: Nené, Humberto Coelho, Alhinho, Oliveira, Alberto e Bento.
Em baixo pela mesma ordem: Gomes, João Alves, Artur, Pietra e Costa.

Fez o seu último jogo pela selecção no dia 21 de Novembro na derrota caseira frente à Áustria por 2-1. Dias antes, marcou o seu primeiro e único golo com as cores nacionais frente à Noruega na vitória por 3-1.
Por outro lado, o seu último jogo pelo Sporting foi frente ao Varzim (0-0), na Póvoa. O Sporting de Fernando Mendes alinhou com: Vaz; Artur, Bastos, Eurico e Barão; Zezinho (Meneses, 45m), Marinho e Ademar; Manuel Fernandes, Manoel e Lito.
No Verão saiu em definitivo do Sporting e foi novamente para os EUA jogar 30 jogos pelos Tea Men. Retirou-se em definitivo no final dessa época debilitado por um acidente cardiovascular.


Carreira

1968/69: Académica

1969/70: Académica

1970/71: Académica

1971/72: Benfica

1972/73: Benfica

1973/74: Benfica

1974/75: Benfica

1975/76: Benfica

1976/77: Benfica

1977/78: Sporting

1978/79: Sporting
New England Tea Men

1979/80: Sporting
New England Tea Men

Carreira no Sporting*

1977/78: 26;- / 6;- / 2;-

1978/79: 23;- / 4;- / 2;-

1979/80: 14;- / 6;- / -;-

*Época: Campeonato (J;G) / Taça (J;G) / Europa (J;G)

Avaliação: Craque